Maior parte dos consumidores destinará renda extra para quitar obrigações. Intenção de comprar presentes diminuiu 27% entre 2014 e 2015, diz estudo.

O pagamento de dívidas será o destino do 13º salário de 74% dos assalariados em 2015, segundo uma pesquisa divulgada pela Anefac nesta segunda-feira (26). Em relação ao ano passado, houve um aumento de 8,8% no percentual de trabalhadores com esse objetivo.

Entre os que vão pagar as dívidas, 83% dos consumidores têm obrigações contraídas no cheque especial e no cartão de crédito e pretendem utilizar os recursos do 13º salário para estar regularizando as mesmas. Houve uma redução de 20% na quantidade de consumidores que possuíam dívidas com prestações do comércio em atraso, diz a Anefac.

O cartão de crédito é a linha de crédito com maior peso na composição das dívidas em aberto dos consumidores, tendo atingido em 2015, 44% do total (crescimento de 2,33% sobre 2014), contra 39% do cheque especial (elevação de 2,63% sobre 2014), segundo a entidade.

 

Menos presentes

Em contrapartida, caiu em 27%, entre 2014 e 2015, o percentual de brasileiros dispostos a utilizar o salário extra para comprar presentes de fim de ano. Segundo a entidade, isso demonstra maiores dificuldades e preocupações dos consumidores com os gastos neste ano.

Ainda de acordo com a Anefac, houve igualmente (27%) uma redução no percentual de consumidores que pretendem poupar parte do que sobrará de seu 13º salário para as despesas de começo do ano.

 

Gastos menores no Natal

Segundo a Anefac, houve um aumento no número de consumidores que pretendem gastar valores menores neste Natal e redução nos que pretendem gastar os maiores valores. Em 2015, 90% dos consumidores pretendem gastar até R$ 500, contra 87% em 2014.

Em 2015, 10% dos consumidores pretendem gastar no Natal mais de R$ 500, contra 13%  em 2014. As maiores elevações com crescimento de 14,29% de 2014 para 2015 se deu entre os consumidores que pretendem gastar até R$ 100, seguindo-se daqueles que pretendem gastar entre R$ 100 e R$ 200 com um crescimento de 6,67%.