A equipe econômica avalia que a permissão para que o FGTS garanta empréstimos consignados (com desconto em folha) vai deslanchar a partir do fim deste ano ou no início de 2017. Além do período de aprovação e regulamentação, os bancos precisam se adaptar, e as pessoas, a buscar esse tipo de financiamento.

É algo para acontecer a partir do fim do ano e de 2017 em diante. Com o consignado, foi o mesmo. A regra passou a valer em 2003, mas só estourou em 2005 e 2006 — disse um integrante da área econômica.

Pela nova regra, os trabalhadores poderão usar a multa de 40% paga pelos empregadores em caso de demissão sem justa causa e mais 10% do FGTS para garantir empréstimos consignados. Segundo o governo, é uma forma de dar mais segurança ao crédito e reduzir juros. Hoje, os servidores públicos têm taxas menores porque têm estabilidade. Já funcionários da iniciativa privada são vistos como de crédito mais arriscado. Os integrantes da área econômica afirmam que a medida, criticada por sindicatos e por parte dos empresários, não é danosa aos trabalhadores:

Se for demitido, ele vai ter a opção de continuar pagando as prestações que faltam ou de permitir que o banco pegue a multa (ou parte dela) e até 10% do FGTS. Tudo isso vai ser discutido. O primeiro passo é autorizar.