Carlos Gabas justifica que nos últimos dez anos, a expectativa de sobrevida no Brasil subiu 4,6 anos. Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média de aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. "Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente", disse ele.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o ministro da Previdência Social Carlos Gabas, anunciou que o governo Dilma Roussef vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário.

A proposta, é substituir o fator, criado em 1999, por uma fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil. "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso", disse ele ao Estadão. A fórmula 85/95 soma a idade com o tempo de serviço - 85 para mulheres e 95 para homens.

Carlos Gabas, Além de ser um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff,  está escalado para discutir com as centrais sindicais e os parlamentares o pacote de aperto aos benefícios sociais, incluindo seguro-desemprego e abono salarial. Só com pensões por morte e auxílio-doença, o governo gastou quase R$ 120 bilhões em 2014. Essa movimentação ocorre, logo após o governo anunciar e negociar as medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença no Congresso Nacional.

 

Posição do SINCAB


"Estamos abertos a qualquer discussão que vise o bem-estar da classe trabalhadora em nosso país. Só não vamos aceitar que a conta dos reajustes para reduzir o déficit fiscal seja transferida para o trabalhador. Essas mudanças nos preocupa muito. Nós do SINCAB não podemos aceitar nemhuma redução de direitos. O SINCAB faz coro com as centrais sindicais na defesa dos interesses do trabalhador brasileiro", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.