Taxas positivas de crescimento vieram da agropecuária e do setor de serviços, que ajudaram o PIB a fechar o ano em R$ 5,52 trilhões.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, na comparação com o ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o ano em R$ 5,52 trilhões.

O crescimento do PIB em 0,1% no ano passado,foi puxado pelos setores de serviços, que apresentou alta de 0,7% no ano, e de agropecuária, que avançou 0,4%. Já a indústria impediu um crescimento maior do PIB em 2014, apresentando uma queda de 1,2%.

No quarto trimestre de 2014, o PIB teve um crescimento de 0,3% na comparação com o terceiro trimestre do ano. Já na comparação com o último trimestre de 2013, o PIB teve uma queda de 0,2%.

Já do lado da demanda, houve um aumento de 0,9% no consumo das famílias e um crescimento de 1,3% no consumo do governo. A formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos no país, caiu 4,4% no ano.

Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, a queda dos investimentos foi provocada pelo recuo na produção interna de máquinas e equipamentos e pelo desempenho negativo da construção civil. A taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 19,7%, inferior à de 2013, quando registrou 20,5%.

As exportações caíram 1,1%, enquanto as importações tiveram uma queda de 1% no período.

As contas nacionais brasileiras de 2014 foram calculadas através de uma nova metodologia internacional, que está sendo adotada por vários países. Com base na nova metodologia, o IBGE revisou também os crescimentos do PIB em 2012 e 2013. A taxa de crescimento Em 2012, passou de 1% para 1,8%. E, em 2013, a taxa passou de 2,5% para 2,7%.

 


 

Qual a relação entre PIB, salário, emprego, juros e dívidas

O que muitos brasileiros ficam se perguntando, é: O que tem a ver com a minha vida o fato de a economia do País crescer ou encolher? É o que se perguntam muitas pessoas quando o Produto Interno Bruto, o PIB, domina o noticiário nacional - como aconteceu nesta sexta-feira, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da atividade econômica brasileira em 2014.

 O fato é que, o PIB é a soma de todos os serviços e produtos produzidos no País num determinado período. Embora pareça distante da vida comum do cidadão, o fato de a economia crescer ou encolher está diretamente relacionado a questões como oferta de emprego, aumento de salário, taxas de juros e consumo.

 

Como isso tudo afeta a sua vida? Veja algumas questões que estão diretamente relacionadas com o PIB:

Salário 
O PIB afeta diretamente o salário mínimo. A lei de reajuste do mínimo leva em consideração a inflação do ano anterior e o crescimento da economia de dois anos antes. Ou seja, o PIB de 2014 será base para o mínimo de 2016, enquanto o PIB deste ano impactará o reajuste de 2017, e assim por diante.

Além disso, quando a economia cresce pouco ou encolhe (no caso de o PIB ser negativo), as empresas – afetadas pelos fracos resultados – ficam mais relutantes em conceder aumento de salário. Quando os negócios se expandem, a possibilidade de reajustes é maior.

 

Emprego
Uma economia que cresce mais gera mais empregos. Se há mais pessoas consumindo, as empresas precisam produzir mais e, para isso, aumentam seu quadro de funcionários. Já a desaceleração econômica (crescimento, mas em ritmo menor) pode gerar desemprego. Em recessão, as empresas tendem a demitir mais e cortar, principalmente, salários mais altos.

 

Juros 
Para incentivar o consumo, o Banco Central pode baixar as taxas de juros. Ou seja, o “preço” de um empréstimo ou financiamento fica mais barato. Se a intenção for frear o consumo – por motivos de inflação ou crescimento desordenado –, a autoridade monetária pode subir os juros.

Para uma economia em desaceleração, baixar os juros é uma alternativa para incentivar o consumo, que, consequentemente, pode expandir o PIB.

Já, se o objetivo é evitar o crescimento desordenado na economia – que pode gerar descontrole da inflação –, o BC pode subir os juros, tornando menos atrativa a aquisição de crédito.

 

Dívidas 
Com o PIB em queda, economistas aconselham que o cidadão evite fazer dívidas. Em período de recessão, a chance de perder o emprego é maior. Uma dívida de longo prazo, como um financiamento, pode se tornar um transtorno. Também é necessário ter atenção aos juros, que, se altos, podem dobrar o valor da dívida em questão de meses. (Fonte: Terra)