Pelo terceiro mês concecutivo a taxa de desemprego no país cresce e chega a 6,2% em março. Esses foram os dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse número, de 6,2%, iguala o registrado em março de 2012, e é o maior desde maio de 2011 , que era 6,4%. Em fevereiro, o desemprego tinha ficado em 5,9% e, em março de 2014, havia sido de 5,1%.

Para a gerente da Pnad do IBGE, Maria Lucia Vieira, existe uma tendência de janeiro até março de elevação da taxa de desocupação. "A gente vê que é a tendência de início de ano para todos os anos. Esse primeiro trimestre sempre tem essa tendência", diz ela.

A população desocupada somou 1,5 milhão de pessoas, mostrando estabilidade na comparação com o mês anterior. Frente a 2014, houve aumento de 23,1%. A população ocupada foi estimada em 22,8 milhões. Já o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável em 11,5 milhões.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) leva em conta dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O IBGE não inclui no número de desempregados as pessoas que não têm trabalho, nem procuraram nos 30 dias anteriores à pesquisa.

O IBGE observa que, além da PME, o instituto também realiza a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que leva em conta dados de 211.344 domicílios em cerca de 3.500 municípios. Por ser mais abrangente, essa pesquisa deve substituir a PME no futuro.

 

Rendimento médio real dos trabalhadores sofre maior queda em 12 anos

Segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de fevereiro para março, o rendimento médio real -descontando a inflação - dos trabalhadores teve a maior queda desde janeiro de 2003.

Dados da pesquisa mostram que a renda caiu de R$ 2.196,76 para R$ 2.134,60, numa baixa de 2,8%. Na comparação com março do ano passado - R$ 2.200,85 -, a perda do rendimento foi de 3%, no maior recuo desde fevereiro de 2004.