"Para Canindé Pegado, presidente do SINCAB, esta é a face da política econômica recessiva do governo federal, a muito criticada por ele. Em muitas atividades hoje em dia, o trabalhador sai para trabalhar e não sabe se volta pra casa empregado, diz o presidente do SINCAB".

Pouco mais de dois anos depois que a Mabe Eletrodomésticos entrou com pedido de recuperação judicial, a Justiça de São Paulo decretou sua falência.

Segundo o documento de falência, a fabricante de fogões e geladeiras das marcas Dako e Continental não cumpriu as obrigações do acordo de recuperação, como pagar credores e manter pagamento de funcionários.

A empresa, que nasceu com fusão entre a GE e a Dako em meados de 2004, é controlada pelo grupo mexicano Mabe. Ela havia entrado com pedido de recuperação judicial em maio de 2013.

Um ano depois, com a aprovação do pedido, fechou uma de suas fábricas  em Itu, SP, demitindo 1.000 pessoas.

No entanto, não pagou os credores trabalhistas e não há provas de que ela pagou o único credor com garantia real, que eram obrigações da empresa durante o processo, afirma o documento.

O Ministério Público se manifestou a favor da falência no dia 10 de fevereiro de 2016. Com isso, a Justiça de São Paulo autorizou a demissão dos funcionários, a retirada do FGTS e o seguro desemprego.

 

Fim das atividades

Em dezembro do ano passado, a Mabe encerrou suas atividades nas duas fábricas em Campinas e Hortolândia, ambas em SP, e concedeu férias coletivas aos trabalhadores.

A previsão era que a operação voltasse a funcionar em janeiro, mas a empresa não conseguiu pagar salários nem o 13º de mais de 1.500 funcionários.