Segundo FecomercioSP, nº de admitidos em setembro é menor desde 2009. Maiores quedas foram em concessionárias e lojas de eletrodomésticos.

O comércio varejista do estado de São Paulo voltou a eliminar postos de trabalho em setembro, após saldo positivo em agosto, segundo a FecomercioSP.

No mês, foram encerradas 7.968 vagas com as 76.362 admissões contra os 84.330 desligamentos, o que resultou em um estoque formal de 2.129.622 empregados. Nos primeiros nove meses do ano, foram fechados 60.848 postos de trabalho no varejo paulista. Em relação a setembro do ano passado, são 38.038 empregos a menos, o que levou a uma retração de 1,8% no estoque de empregados formais na base de comparação.

Segundo a assessoria econômica da federação, o cenário do emprego no varejo continua se agravando e, desde maio, o estoque de trabalhadores está abaixo da quantidade verificada nos mesmos meses do ano anterior. Outro agravante foi o número de trabalhadores admitidos no mês (76.362), o menor desde abril de 2009.

 

Atividades

Das nove atividades analisadas, sete registraram eliminação de vagas em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo que as quedas mais expressivas da ocupação formal, mais uma vez, foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-7,5%) e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-5%).

Apenas os setores de farmácias e perfumarias e de supermercados, que ainda registram crescimento das vendas, apresentaram aumento no montante de empregados.

A assessoria econômica da FecomercioSP aponta que o desempenho do mercado de trabalho no varejo paulista é reflexo direto da retração no consumo das famílias e aumento dos custos operacionais para os empresários. A expectativa é que o cenário não se altere a curto prazo, e os próximos dois meses devem registram saldo positivo por causa das contratações temporárias do fim de ano. Ainda assim, os resultados devem ser inferiores aos observados no final de 2014.

 

Rotatividade 

O varejo paulista em setembro teve rotatividade mensal próxima aos 4%, sendo que os maiores índices se mantêm nos supermercados e nas lojas de vestuário, tecido e calçados. Nos últimos 12 meses, a rotatividade foi de praticamente 50%, o que significa que, em média, a cada dois anos o comércio varejista do estado renova praticamente 100% do seu quadro funcional.