É importante manter a calma e focar no planejamento para atingir o objetivo. Apesar da crise, empresas estão aproveitando para substituir colaboradores.

Os índices divulgados nos últimos meses revelam que a taxa de desemprego só aumenta no país – o último, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que nos meses de maio, junho e julho chegou a 8,6%, a maior taxa da série histórica do indicador, com início em 2012.

Segundo especialistas, apesar de ser mais difícil conseguir uma recolocação no mercado, tanto para quem acabou de perder o emprego como para quem quer mudar, é importante manter a calma e focar no planejamento para atingir o objetivo.

“Em momentos como esses é importante não se desesperar. Manter a calma e fazer planos é essencial”, diz a professora da IBE-FGV, Elisabete Oliveira, especialista em recrutamento e seleção, gestão de pessoas, liderança e coaching executivo. Segundo ela, a família dever ser a primeira a saber, pois o momento pede ajuda mútua. “A família será solidária, se conscientizará e, principalmente, poderá auxiliar na contenção dos gastos”, comenta.

Para Elisabete, o pânico leva a decisões precipitadas e aí o profissional pode até aceitar a primeira proposta que aparecer, sem levar em consideração os problemas futuros.  “Ninguém é obrigado a aceitar o primeiro trabalho só porque está precisando se recolocar. Sem planejamento, essa decisão poderá ser um problema lá na frente”, afirma.

Ela recomenda uma análise mais ampla do mercado, levando em conta que, apesar da crise, muitas empresas estão aproveitando para substituir colaboradores e até gestores “menos produtivos” e “é aí que as oportunidades podem surgir”. A professora recomenda atenção às vagas que surgirem e faz um alerta: “Leva vantagem aquele que estiver melhor preparado”, diz.

“Pode parecer difícil, mas, neste momento, manter a tranquilidade e equilíbrio torna-se um fator essencial para o reposicionamento. A ansiedade e o desespero tendem a dificultar ainda mais o raciocínio e apresentação das habilidades técnicas e comportamentais, além de induzir a decidir por uma oportunidade qualquer, que não agregará na vida profissional, criando um ciclo arriscado”, explica Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZEstratégia e Operação de RH.

O consultor lembra que não se deve acomodar, pois é hora de “gastar sola de sapato” procurando oportunidades, contatando profissionais do grupo de networking e enviando currículos. “Não adianta esperar a crise passar, a solução deve ser encontrada agora”, ressalta.

 

PASSOS PARA SE REPOSICIONAR:

Veja dicas de Elisabete Oliveira:

 

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