Dirigente do SINCAB participa de Intercâmbio no Japão para troca de conhecimento e práticas sindicais e trabalhistas
Diretoria e Funcionários do SINCAB se unem aos trabalhadores do Brasil inteiro em mobilização contra desmonte de direitos
Marcha contra as reformas da Previdência e Trabalhista levou o SINCAB e milhares de trabalhadores a Esplanada dos Ministérios em Brasília; Polícia Mil...
"A medida em estudo é uma maneira de manter viva no país a atuação sindical em defesa dos direitos trabalhistas. Com o fim do imposto sindical, os sindicatos precisam se reprogramar, pois perderemos importante fonte de receita. Vale lembrar que a atuação sindical para defender o trabalhador gera despesas, e precisamos saber criar uma maneira de arcar com esses custos" explica Canindé Pegado, presidente do SINCAB e secretário-geral da UGT.
Infelizmente neste país tudo funciona às avessas. O cidadão comum se deve para a Receita Federal, tem que correr para fazer o pagamento da dívida e pagar juros e correção monetária, sem nenhum desconto ou regalia. Já para os nobres parlamentares e suas empresas que devem milhões a União, existem regalias extraordinárias. A maior delas é que são eles mesmos quem modificam e aprovam o texto do Refis, se beneficiando das armações para diminuir as dívidas de suas empresas e de seus pares. Ou seja, legislam em causa própria.
E mais uma vez a conta vai parar no bolso do contribuinte. Toda vez que o governo não consegue dinheiro para fechar o rombo nas suas contas, a ordem é aumentar a carga tributária em cima do cidadão comum que não tem como escapar. Segundo o governo o aumento de tributos se faz necessário para cumprir a meta de déficit de 139 bilhões de reais deste ano. Parte deste déficit - que não para de crescer - poderia ser coberto se o governo resolvesse cobrar os 533 milhões de reais devidos por deputados e senadores em Refis atrasados, cujos valores são objetos de acordos para pagamento das dívidas de suas empresas, que quase sempre não são honrados, pois eles são "viciados" em parcelar débitos tributários, onde se paga as primeiras prestações e depois abandona os pagamentos a espera de novos perdões.
Endividados até o pescoço, sem dúvida é o perfil de milhares de brasileiros acostumados ao consumo desenfreado e sem nenhuma programação em suas contas. Para muitos, ainda empregados, tornou-se um dilema saber controlar os gastos para não acabar inadimplente no final de cada mês quando recebe o salário. Já para outros, a inadimplência é um problema em sua vida por conta do desemprego e queda da renda que tomou conta do país. Inflação, juro alto e escassez de crédito foram fatores determinantes para o aumento da inadimplência.
Muito embora o Ministério da Fazenda não queira comentar a análise feita pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação a nossa economia, como já se sabe o Brasil foi impactado por uma recessão profunda que começou desde 2014 e continua fazendo estragos na economia até hoje. De lá para cá milhões de brasileiros perderam seus empregos, a renda caiu, a indústria está definhando, o comércio e serviços quebraram e estão fechando as portas. É um cenário desolador para um país gigante, cheio de riquezas naturais e um povo trabalhador.
Nem bem começou a valer a reforma trabalhista e já estamos tendo resultados apavorantes no aumento do desemprego na indústria paulista. Quase 10 mil trabalhadores - somente em junho - sentiram na pele os efeitos de uma economia em recessão e as conseqüências de uma reforma trabalhista, que já foi sancionada e começa a fazer novas vítimas no mercado de trabalho. Ainda sob efeito da perversa engenharia que gerou as novas normas trabalhistas e que foram feitas na calada da noite por empresários inescrupulosos e um governo decadente, sem a participação da sociedade, o povo começa a acordar de um pesadelo que sepultou as leis trabalhistas no Brasil e trouxe de volta a escravidão no trabalho.