O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,7% em fevereiro, puxado pelo aumento nos gastos com educação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (21).

O índice ficou próximo da taxa de janeiro, que foi de 0,67%. Em fevereiro de 2013, a taxa havia sido de 0,68%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,65% --leve alta em relação aos 12 meses encerrados em janeiro (5,63%). 

O governo tem como meta manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).

 

Educação puxa alta, com aumento das mensalidades

Em fevereiro, o grupo educação teve alta de 6,05% e foi o principal responsável pela alta da inflação (0,27 ponto percentual).

O motivo são os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,65% e foram o item que mais puxou a alta da inflação (0,22 ponto percentual).

 

Artigos de casa aparecem em seguida

Depois do grupo educação, o que mais influenciou a alta do IPCA-15 foram os artigos de residência (de 0,49% em janeiro para 1,17% em fevereiro) e as despesas pessoais (de 1,31% para 1,19%).

Os preços dos eletrodomésticos aumentaram 2,82% e tiveram forte influência nos artigos de residência. Já no caso das despesas pessoais, o avanço foi puxado pelos itens empregados domésticos (1,41%) e cigarro (4,74%).

Entre alimentos e bebidas, a alta desacelerou: tinha subido 0,96% em janeiro, e avançou 0,52% em fevereiro. O mesmo aconteceu com os alimentos consumidos em casa: passaram de 1,01% para 0,25%. Alguns produtos ficaram mais baratos, como a batata-inglesa (-10,66%), o tomate (-5,60%), o leite (-5,07%), o feijão carioca (-4,27%) e o frango inteiro (-1,04%).

Dois grupos tiveram queda: vestuário (de 0,59% em janeiro para -0,68% em fevereiro) e transporte (de 0,43% para -0,09%).

As passagens aéreas, com -20,36%, exerceram o mais forte impacto para baixo no IPCA-15 do mês, com -0,11 ponto percentual.

 

No Rio, alta do aluguel e das tarifas de ônibus

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,95%), onde o aluguel residencial apresentou alta de 2,77% e empregado doméstico, 2,85%.

Os ônibus urbanos (1,82%) e intermunicipais (4,36%) também influenciaram o resultado da região, refletindo os reajustes de 9% nos ônibus urbanos, em vigor a partir de 8 de fevereiro, e 5,77% nos intermunicipais, concedido em 13 de janeiro.

O menor índice foi o de Brasília (0,06%), em virtude da queda de 28,38% nos preços das passagens aéreas.