O comércio ilegal movimenta mais de R$ 782 bilhões por ano no Brasil. Esse valor seria suficiente para formar o quarto maior PIB da América Latina, atrás apenas do Brasil, do México e da Argentina. Os dados são de pesquisa feita pela FGV e pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) que foi apresentada nesta terça-feira, 16/09, pelo Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP).

O levantamento mostra que a indústria deixou de vender o equivalente a R$ 30 bilhões, em 2013, por causa do comércio ilegal de produtos. No segmento de TV por assinatura, por exemplo, a pirataria movimentou R$ 1,8 bilhão, quase 10% do mercado total, estimado em R$ 23,7 bilhões. No segmento de produtos de limpeza, as perdas foram de R$ 2,24 bilhões.

Manifesto à presidência da República, assinado pelas pelas associações brasileiras dos setores de software, comunicações, higiene, cosméticos, confecções, brinquedos, artigos esportivos e outros, pede a simplificação do sistema tributário, medidas de desburocratização, fortalecimento da Polícia Rodoviária, da Receita e da Polícia Federal, especialmente nas regiões de fronteira.

"O que precisa ser relembrado em momentos como esse de campanha eleitoral é que necessitamos de uma atuação eficaz e imediata em todos os níveis para tentar diminuir esse problema que afeta a sociedade, a saúde, a segurança, a educação, a arrecadação, os empregos, a indústria e o comércio", disse Evandro Guimarães, presidente do Etco, referindo-se à pirataria.

"A ilegalidade está diretamente ligada à sonegação de impostos, à perda de empregos formais e aos riscos ao consumidor, que fica sujeito a produtos sem qualquer controle de qualidade", completou Edson Luiz Vismona, presidente do FNCP.

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