Trabalhadores do SINCAB fizeram manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), na manhã desta quarta-feira (28), contra as medidas provisórias 664 e 665, que prejudicam e retiram direitos e conquistas dos trabalhadores, no  Dia Nacional de Lutas por Direitos e Emprego.

O SINCAB levantou suas bandeiras e junto com os companheiros da categoria e as principais Centrais Sindicais, saiu do vão-livre do Masp e percorreu a Avenida Paulista até o prédio da Petrobrás, para discordar e protestar contra as medidas provisórias 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que alteram regras para benefícios sociais como pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial e seguro-desemprego, seguro-defeso e auxílio-reclusão, como estabelecem também a terceirização da perícia médica no caso das empresas privadas.

Com o anúncio dessas medidas sem consulta ou discussão com o movimento sindical, o SINCAB entende que o governo acaba prejudicando a população de baixa renda e, em particular os trabalhadores, ao dificultar o acesso ao seguro-desemprego com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à demissão. A medida vai impedir o acesso dos empregados jovens ao benefício, pois o Brasil é um país cuja rotatividade da mão de obra é intensiva. Além disso, para a questão da pensão por morte, as novas exigências restringem o valor do benefício em até 50% para os trabalhadores de baixa renda.

"Foi um soco no estômago", afirmou Canindé Pegado, presidente do SINCAB, em entrevista ao G1 portal de notícias da Globo, durante a manifestação. "Não aceitamos que a conta seja paga, mais uma vez pela classe trabalhadora, que concentra a grande massa da gente simples e humilde deste país", desabafou Pegado.

O protesto reuniu cerca de15mil trabalhadores e foi organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Central dos Sindicatos Brasileiros, a Nova Central e movimentos sociais.

 

Apoio aos funcionários da Petrobrás

Em frente ao prédio da Petrobrás, Canindé pegado, presidente do SINCAB, deu o tom do discurso, convidando os companheiros sindicalistas a discursarem sobre a situação que a empresa vive no momento. Ele ressaltou a todo momento que os funcionários não tem culpa da situação em que a empresa foi colocada, e que a diretoria da empresa é quem deve responder pela atual situação em que ela se encontra. "Se existe um culpado pela situação em que a Petrobrás vive hoje, esses culpados são os diretores da empresa e não os empregados. Não podemos deixar que acabem com essa empresa e depois culpem os funcionários", gritou Pegado. 

 

 

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