Se seguíssemos o que manda a constituição brasileira, o trabalhador deveria receber em janeiro, um salário mínimo equivalente a R$ 3.811,29 mensais, ou seja, 4,07 vezes o salário mínimo vigente, de 937 reais, segundo o Dieese. Esse é o valor estabelecido para as necessidades básicas do trabalhador e sua família, tendo em vista moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

"A verdade é que nosso salário mínimo está longe de ser o ideal e a inflação come boa parte da renda das pessoas. O salário mal dá para chegar até o final do mês. As famílias fazem de seu orçamento uma ginástica constante e já vem cortando grande parte dos itens essenciais ao dia a dia, restringindo ao mínimo necessário. Precisamos de políticas de valorização do salário mínimo para dar condições de sobrevivência aos trabalhadores e impulsionar a economia", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Em janeiro, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.811,29. O valor é 4,07 vezes o salário em vigor no mês passado, de R$ 937. A estimativa é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e foi divulgada nesta segunda-feira (6).

O departamento divulga mensalmente uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.

Esse valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre as 27 capitais. Em janeiro, o maior valor foi registrado em Porto Alegre (R$ 453,67). A diferença entre o salário mínimo real e o necessário caiu de dezembro para janeiro. No mês anterior, o ideal era que ele fosse de R$ 3.856,23 (4,38 vezes o salário mínimo).

 

Mínimo de R$ 937

Desde o dia 1º de janeiro entrou em vigor o novo salário mínimo, de R$ 937, que valerá durante 2017.

O aumento de 6,48% sobre os R$ 880 de mínimo em 2016 foi feito com base na inflação, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Segundo o Dieese, 2017 é o primeiro ano em que o salário mínimo não teve aumento real (acima da inflação) desde 2003, início da série registrada pelo departamento.

 

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