Está cada vez mais caro morar em algumas cidades brasileiras, especialmente nas grandes capitais. O Índice do Custo de Vida em São Paulo, por exemplo, subiu 1,04%% em janeiro na comparação com dezembro, conforme estudo do Dieese. Segundo o estudo, educação, transportes, habitação e alimentação são alguns dos principais responsáveis pelo elevado custo de vida na capital paulista.

"Há vários fatores que explicam a alta no custo de vida em São Paulo, além daqueles apontados pelo Dieese. Os altos preços são reflexo, principalmente, de um sistema tributário falho que sufoca os brasileiros e tira o poder de compra dos salários", explica Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Viver na maior metrópole do país está mais caro. É o que indica o Índice do Custo de Vida (ICV) do município de São Paulo, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O indicador subiu 1,04% em janeiro ante dezembro. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 5,37%.

Em janeiro, houve elevação para todas as faixas de renda. A maior alta foi para os mais ricos (estrato 3), com elevação de 1,31%. Na faixa intermediária (estrato 2), o avanço foi de 0,79%. E para os mais pobres (estrato 1), o crescimento da inflação ficou em 0,48%.

Na divisão por grupos de produtos e serviços, as maiores contribuições para a alta do índice geral foram de Educação e Leitura (6,61%), seguida de Transporte (1,04%), Habitação (0,90%) e Alimentação (0,26%).

"Em janeiro, houve elevação do subgrupo educação (6,84%), uma vez que os cursos formais aumentaram 8,02%, devido ao reajuste das mensalidades escolares", afirma o relatório.

 

INFLAÇÃO

Na categoria Alimentação, as refeições fora do domicílio ficaram 0,94% mais caras, enquanto na indústria alimentícia houve alta de 0,84% e os produtos in natura e semielaborados caíram -0,51%.

Nesse último segmento, raízes e tubérculos puxaram a queda, com baixa de 6,44%. Grãos (-6,21%) e leite in natura (-2,61%) também ficaram mais baratos.

Dos dez grupos de produtos e serviços pesquisados, a única queda em janeiro, na margem, foi em Vestuário (-0,57%), puxada pela retração nos preços de roupas (-1,42%), enquanto os calçados ficaram 0,52% mais caros.

Na variação acumulada em 12 meses, a maior alta é na categoria Despesas Diversas (14,98%), seguida de Despesas Pessoais (11,02%) e Educação e Leitura (8,56%).

A única queda é em Equipamentos Domésticos (-0,22%), pressionado por uma retração de 3,23% em móveis e 2,92% em utensílios.

 

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