Se não é o caos é no mínimo trágico e constrangedor saber que o governo federal quer a qualquer custo fazer as reformas trabalhistas e previdenciária centrando fogo na retirada dos direitos dos trabalhadores. Sabemos da necessidade das reformas que precisam ser feitas para o bom andamento do país. Como sabemos também, que é preciso muita habilidade na condução dessas reformas. Precisamos sentar e discutir ponto a ponto exaustivamente. Afinal estamos falando de medidas que vão mudar para sempre a vida do trabalhador.

"É preciso mais tempo para discutir e aprimorar os pontos mais polêmicos das duas propostas. Nós sindicalistas, estamos abertos a qualquer discussão com a sociedade, governo e o Congresso Nacional. Não vamos dar trégua em assuntos que envolvam os trabalhadores e abrir mão de direitos já conquistados", anuncia Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

As reformas da Previdência e trabalhista devem avançar mais uma etapa no Congresso nesta quinta-feira (9). A previsão é de que a Câmara dos Deputados instale hoje as comissões especiais para analisar o teor de cada uma das propostas, segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia.

Uma comissão especial vai analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, que trata da reforma da Previdência e foi enviada ao Congresso no fim do ano passado pelo governo.

A outra comissão especial vai analisar a reforma trabalhista proposta no PL (Projeto de Lei) 6.787/16.

 

Maioria governista

Cada comissão será formada por 37 deputados titulares e igual número de suplentes.

Como a distribuição das vagas nas comissões é proporcional ao tamanho das bancadas ou blocos partidários, os partidos que integram a base governista terão a ampla maioria de integrantes em ambas as comissões.

 

 

 

Análise em até 80 dias

Indicado como presidente da comissão especial que vai analisar a proposta de reforma da Previdência, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse na terça-feira que espera concluir os trabalhos no prazo de 70 a 80 dias. A intenção é que a proposta seja aprovada na Câmara até o final de abril e depois encaminhada ao Senado. A relatoria deve ficar com o deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Segundo Marun, o governo defende que a proposta seja votada nas duas casas legislativas (Câmara e Senado) até o final do primeiro semestre. "Estamos trabalhando com a perspectiva de votarmos a reforma da Previdência ainda no primeiro semestre tanto na Câmara como no Senado. Isso traz para a comissão a responsabilidade de, no prazo de 70 a 80 dias, ter concluído o nosso trabalho", disse.

Em relação à reforma trabalhista, a relatoria deverá ficar com o Rogério Marinho (PSDB-RN). A presidência ainda não está definida.

 

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