De tempos em tempos a maldade reaparece! Lá estava ela quietinha no seu cantinho após várias tentativas malfadadas de ressuscitá-la. Mas, eis que aparece um certo deputado cheio de 'boas intenções' e resolve de repente mostrar serviço e ressuscitar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com o intuito de cobrir o rombo da Previdência, como se já não bastasse à carga tributária em cima da população.

A única coisa que o nobre deputado esqueceu, é que a cada quatro anos existem eleições para renovação do Congresso Nacional e o povo saberá eleger aqueles que realmente merecem o seu voto.

Não é ressuscitando a CPMF que o governo federal vai resolver todos os seus problemas econômicos, até porque no passado esse mesmo imposto foi implantado para resolver o problema da saúde e acabou sendo desviado para outras finalidades.

"Fala-se em ressuscitar a CPMF como sendo uma alternativa para resolver a situação da Previdência. Mas, o fato é que não podemos creditar o ônus da ineficiência, na conta do trabalhador. Seria razoável que o governo começasse fazendo a lição de casa, cortando despesas com mais profundidade e encontrasse outra fonte de recursos que não penalize ainda mais a classe trabalhadora de nosso país", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

O relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), defendeu nesta terça-feira (21) a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Segundo ele, o tributo que foi extinto em 2007 e sua recriação chegou a ser defendida pelo governo de Dilma Rousseff substituiria o IOF (Imposto sobre Operação de Crédito) e teria alíquota semelhante, de 0,38%.

Para ele, o IOF é um tributo "nocivo", que atinge o crédito no país, e o valor da CPMF seria "mínimo". "É mínimo. No peso cem, ela daria 3% ou 4% da arrecadação nacional", disse.

O imposto foi extinto durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Senado Federal não prorrogou o tributo e causou umas das maiores derrotas enfrentadas pelo petista.

Menos de um ano depois, o governo federal tentou criar um novo imposto para a saúde, o CSS, que foi novamente barrado. Em 2015, na gestão de Dilma Rousseff, houve nova tentativa, que acabou abandonada.

O assunto foi tratado nesta terça-feira (21) em reunião dos integrantes a comissão parlamentar com o governo federal e a equipe econômica, no Palácio do Planalto.

O relator defendeu ainda a criação federal de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que seria cobrado na hora da venda e substituiria PIS/Cofins, ISS (imposto municipal) e ICMS (estadual).

Ele lembrou que a iniciativa encontra apoio no chamado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, e tem o apoio inclusive de partidos de oposição ao governo federal.

"Seria uma contribuição de movimentação financeira para ajudar a arrecadação do INSS entre empregado e empregadores, onde está o maior rombo do governo federal", disse.

A proposta, contudo, enfrenta resistência no núcleo econômico do governo federal, que considera mais viável realizar uma reforma do PIS e da Cofins, começando pelo PIS.

Como a alíquota varia de 0,65% a 1,65%, qualquer perda pesaria pouco nos cofres federais. A proposta é permitir que qualquer compra realizada por uma empresa gere um crédito fiscal, o que demandaria apenas um projeto de lei complementar.

Com a aprovação, a mudança ficaria em teste por um ano e seria estendida para a Cofins, uma contribuição de 7,6% que ajuda a financiar a seguridade social.

 

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