É lamentável que o governo federal, através do PMDB, após sentir as dificuldades em aprovar a toque de caixa o seu pacote de maldades - que retira direitos - contra o trabalhador, disfarçado de reforma da Previdência, agora queira partir para o tudo ou nada exibindo nas redes sociais uma propaganda enganosa como forma de chantagear a população brasileira. O texto acompanhado de uma imagem fantasmagórica defende a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência para evitar que o Brasil se torne "um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais".

É um descalabro veicular uma mentira deste porte, pois todo mundo sabe que esses problemas não surgiram agora neste governo e tem raízes históricas. Há anos que não investimos em infraestrutura e os programas sociais sempre enfrentaram dificuldades para se manter.

Agora condicionar a sobrevivência desses programas à reforma da Previdência e ameaçar os investimentos em infraestrutura é uma jogada burra e desesperadora, que pode levar a um tiro no pé. O próprio PMDB, partido do governo, passou anos aliado ao PT e outros partidos políticos e sequer reclamou esses investimentos tão necessários aos dias de hoje.

Prova disso, é que passados 10 anos da criação da Lei 11.445, conhecida como a Lei do Saneamento, os investimentos em água e esgoto pouco avançaram, recebendo volumes de recursos abaixo das necessidades do país e com uma participação ainda tímida do setor privado.

Metade da população brasileira não tem esgoto coletado e 35 milhões sequer sabe o que é ter água tratada nas torneiras de suas casas. Só teremos serviços de saneamento universalizados depois de 2050. Do ponto de vista da saúde e do direito do ser humano aos serviços essenciais e básicos, é cruel. Cadê o PMDB?

No que diz respeito às estradas, portos e aeroportos, o PMDB deveria ser mais cauteloso e cobrar dos seus deputados e senadores onde foram parar as verbas destinadas aos programas de infraestrutura de seus estados. Dinheiro esse que saiu dos cofres da nação e nunca chegou ao seu destino final, deixando milhões de pessoas sem saúde, educação, transporte, moradia, creches, saneamento básico, estradas, pontes, etc.

"Pior que tudo isso é que não existe dinheiro para Infraestrutura e Previdência Social segundo o PMDB, mas, no entanto mais uma vez a toque de caixa, o comando da Câmara dos Deputados, presidida por Rodrigo Maia, está preparando mudanças na estrutura administrativa da Casa para garantir aos nobres deputados o direito de contratar mais funcionários de sua confiança e ampliar as vagas destinadas às lideranças partidárias. A manobra deverá inicialmente criar quase 300 novos cargos de livre nomeação, aumentando substancialmente para mais de 6 bilhões de reais o gasto previsto no orçamento da Câmara esse ano. Seria bom o PMDB explicar aos eleitores que matemática é essa, que falta dinheiro para o povo mas nunca para a corte", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O PMBD, partido do presidente Michel Temer, divulgou no Facebook uma campanha que condiciona a existência de programas sociais, como o Bolsa Família, à aprovação da reforma da Previdência (veja o post ao fim do texto).

"Se a reforma da Previdência não sair: tchau, Bolsa Família; adeus, Fies; sem novas estradas; acabam os programas sociais", diz o texto da imagem divulgada pelo PMDB. Segundo a descrição do próprio partido, a imagem veiculada mostra "uma ilustração digital de uma cidade em ruínas".

O texto que acompanha a imagem defende que é necessário aprovar a reforma da Previdência para evitar que o Brasil se torne "um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais".

A mensagem traz, ainda, um link para o site da Casa Civil com notícia do dia 15 de fevereiro, quando o ministro Eliseu Padilha participou de audiência na Câmara dos Deputados para tratar do tema. Na ocasião, o ministro defendeu a reforma da Previdência "para evitar um estrangulamento dos gastos discricionários, como investimentos em infraestrutura e gastos sociais, por exemplo".

 

TRAMITAÇÃO

A reforma da Previdência, enviada pelo governo Michel Temer ao Congresso Nacional em dezembro, está em tramitação na Câmara dos Deputados, onde uma comissão especial discute o assunto. O governo quer a aprovação do texto na Câmara e no Senado ainda no primeiro semestre deste ano.

Na quarta-feira (1º), levantamento publicado pela Folha mostrou que metade dos integrantes da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência se opõe à exigência de idade mínima de 65 anos para aposentadoria, e a maioria discorda de outros pontos cruciais da proposta apresentada pelo presidente Michel Temer.

O levantamento revela que 18 dos 36 integrantes da comissão especial são contra a idade mínima proposta por Temer e mostra que a maioria quer modificar pelo menos outros quatro pontos importantes do projeto do governo, prioridade legislativa de Temer neste ano. Entre os que defendem mudanças estão integrantes da base governista, inclusive do PMDB.

 

 

 

 

Um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais.

Para evitar que este seja o cenário do Brasil no futuro, é necessário reformar a Previdência, que hoje está em crise e ameaça as melhorias que o país tanto precisa.

Saiba mais em https://goo.gl/Ol94EW #PraCegoVer: Imagem composta por ilustração digital de uma cidade em ruínas e o texto: "Se a reforma da Previdência não sair: Tchau, Bolsa Família; Adeus, Fies; Sem novas estradas; Acabam os programas sociais". No rodapé está o logotipo do PMDB.

 

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