Afinal quem é que vai querer pagar a conta? Vivemos num país que tem um cheque especial sem limites. Toda vez que as despesas ultrapassam as receitas, vem à conta para o povão pagar. Agora vem o Ministério do Planejamento e diz que vão faltar R$ 58,2 bilhões para fechar o orçamento deste ano. Poderíamos então perguntar: O que nós temos com isso? Mas de nada vai adiantar, porque o governo sempre passa a conta para o contribuinte pagar e sem poder reclamar. A questão é como suportar mais aumento na carga tributária, se as famílias estão à beira de um colapso financeiro.

Esse rombo nada mais é o que falta para fechar o orçamento federal para esse ano e cumprir a meta fiscal, que apresenta déficit de 139 bilhões de reais. Segundo o governo a maior parte deste rombo, de R$ 55,7 bilhões, se deve ao desempenho mais fraco da economia neste ano – o governo elaborou o orçamento prevendo crescimento de 1,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, mas na quarta reduziu a previsão para 0,5%.

"Então porque não fazer a lição básica adotada por milhões de famílias brasileiras, que quando falta emprego e renda, corta na carne e diminui as despesas e vivem com o que sobrou. Afinal de contas se não houve crescimento, não foi por culpa da população e sim por falta gerenciamento do governo federal, que não desenvolveu mecanismos para isso e optou pelo inchamento da máquina pública, aumento de despesas e favorecimento de alguns setores da economia com desonerações pra todo lado. Ta mais que na hora do governo aprender a gastar melhor o dinheiro do contribuinte e não ficar onerando o bolso dos trabalhadores", desabafa Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O buraco de R$ 58,2 bilhões no orçamento de 2017, que pode levar o governo a anunciar aumento de impostos na próxima semana, é provocado, principalmente, pela queda na previsão de crescimento da economia brasileira neste ano, mas também vai ser causado por um aumento de despesas federais.

Relatório divulgado na quarta (22) pelo Ministério do Planejamento prevê que vão faltar R$ 58,2 bilhões para fechar o orçamento deste ano. Sem adotar medidas para cortar gastos ou elevar a arrecadação, o governo não conseguirá cumprir a meta fiscal, que já é de déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões.

De acordo com o documento, a maior parte do rombo, R$ 55,7 bilhões, se deve ao desempenho mais fraco da economia neste ano – o governo elaborou o orçamento prevendo crescimento de 1,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, mas na quarta reduziu a previsão para 0,5%.

Com o crescimento menor, cai o valor dos impostos e tributos pagos por pessoas e empresas.

 

Queda na previsão de arrecadação com impostos

 

O relatório também prevê redução, de R$ 11,9 bilhões, nas chamadas receitas não administradas, entre as quais as receitas com concessões e permissões (- R$ 13,1 bilhões) e vendas de ativos (- R$ 2,92 bilhões). O documento não esclarece que ativos são esses.

Essa queda é compensada parcialmente com a previsão de alta na arrecadação com compensações financeiras, como recursos da exploração de petróleo, e de dividendos e participações, como os devidos ao governo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).