O desemprego não deu trégua e a taxa de desocupação no Estado de São Paulo chegou a 17,9% em fevereiro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior para o mês desde 2005. O número de desempregados atingiu quase 2 milhões de pessoas. Estamos atravessando um momento muito difícil da economia brasileira. O desemprego continua em alta e a renda do trabalhador está desabando cada vez mais.

"Somos 13 milhões de desempregados no país com a renda em queda, além de um cenário de recessão e inflação insustentável, que vem impedindo o crescimento econômico brasileiro. Por outro lado, vivemos uma crise política jamais imaginada em toda nossa história, que retira a credibilidade e afasta os investimentos no país. A população está consciente de suas obrigações, mas é preciso que o governo faça a sua parte na lição de casa, cortando na carne e promovendo as reformas - sem brigas e ofensas nas comissões - necessárias sem retirar direitos e prejudicar os trabalhadores", conclama Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O desemprego subiu na região metropolitana de São Paulo - a taxa passou de 17,1% em janeiro para 17,9% em fevereiro, a maior para o mês desde 2005, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O contingente de desempregados foi estimado em 1, 982 milhão de pessoas em fevereiro, 99 mil a mais do que no mês anterior. Em fevereiro do ano passado, a taxa foi de 14,7%.

De acordo com o Dieese, o resultado decorre da redução do nível de ocupação (eliminação de 39 mil postos de trabalho, ou -0,4%) e do aumento da população economicamente ativa (60 mil pessoas entraram no mercado de trabalho da região, ou 0,5%).

A taxa de participação – proporção de pessoas de 10 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – elevou-se de 61,7% em janeiro para 62% em fevereiro.

Em relação a fevereiro de 2016, o contingente de desempregados aumentou em 365 mil pessoas, devido à retração do nível de ocupação (eliminação de 293 mil postos de trabalho, ou -3,1%) e ao aumento da força de trabalho da região (entrada de 72 mil pessoas no mercado de trabalho, ou 0,7%).

 

Nível de ocupação

Em fevereiro, o nível de ocupação caiu 0,4%, e o contingente de ocupados foi estimado em 9, 091 milhões de pessoas. Segundo o Dieese, esse resultado decorreu de reduções na Indústria de Transformação (eliminação de 42 mil postos de trabalho, ou -3,2%) e nos Serviços (-32 mil, ou -0,6%), parcialmente compensados pelo aumento no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (38 mil, ou 2,2%) e na Construção (7 mil, ou 1,2%).

 

Assalariados

Segundo o levantamento, o número de assalariados caiu 0,4% em relação a janeiro. No setor privado, houve aumento entre os com e sem carteira de trabalho assinada (0,3% e 0,9%, respectivamente). Aumentou ainda o contingente de autônomos (1,3%) e diminuiu o de empregados domésticos (-4,6%).

 

Rendimentos

O estudo mostrou também que houve queda, na passagem de janeiro para fevereiro, nos rendimentos médios reais dos ocupados (-3,7%) e dos assalariados (-3,9%), que passaram a equivaler, respectivamente, a R$ 1.974 e R$ 2.032.

 

Por sexo e idade

Na distribuição dos desempregados por sexo, em fevereiro, a porcentagem era de 49% entre os homens e 51% entre as mulheres. Em janeiro, era de 49,5% e 50,5%, respectivamente – queda entre os homens e aumento entre as mulheres.

Em relação à idade, na distribuição entre as faixas etárias, os desempregados com idades entre 16 e 24 anos e entre 25 e 39 anos eram na proporção de 41% e 33,3%, respectivamente - queda em relação a janeiro. Já dos 40 a 49 anos subiu de 13% para 13,2%. E dos 50 aos 59 anos caiu de 7,2% para 7%.

 

Go to top
JSN Boot template designed by JoomlaShine.com