E quem achou que já tínhamos atingido o fundo do poço do desemprego, se enganou redondamente. Continuamos descendo ladeira abaixo carregando 13, 5 milhões de pessoas desempregadas. Enquanto o ministério da Fazenda fica "contando moedinhas" para fechar o rombo do caixa, a economia vai agonizando e promovendo a quebradeira da nação. Faltam ações por parte do governo federal que visem estimular o mercado interno e fortalecer a economia.

No Brasil existe hoje uma falta de credibilidade nas instituições, provocada pelos inúmeros escândalos de corrupção que tomou conta do país. Sendo assim, os investimentos ficam escassos e o emprego desaparece. A renda cai e as pessoas deixam de consumir, o que provoca a quebradeira no comércio e conseqüentemente afeta a indústria.

"O mais interessante nisso tudo é que enquanto o país está naufragando, deputados se dão ao desprazer de ficar se confrontando em comissões da Câmara com palavreado chulo e ofensivo, quando na realidade deveriam estar discutindo alternativas para melhorar a qualidade de vida da população, através de uma reforma da Previdência que realmente beneficie o trabalhador. Mas, continuo repetindo: 2018 está chegando e o trabalhador saberá votar", lembra Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro, informou nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), foi apurada uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, sendo a maior taxa de desocupação no País da série histórica do indicador iniciada em 2012.

Com o resultado, o Brasil tem 13,5 milhões de pessoas desocupadas e teve alta de 11,7%, ou seja, mais de 1,4 milhão de pessoas quando comparada ao trimestre encerrado em novembro de 2016. Na comparação com igual trimestre de 2016, a alta foi de 3,2 milhões no número de desempregados no País, informou o IBGE.

Outro indicador que teve recorde na série história da pesquisa do Pnad foi o nível de ocupação – que mede o percentual da população empregada em idade de trabalhar. A taxa de ocupação foi de 53,4% no trimestre encerrado em fevereiro, o que representa queda de 0,7 frente ao trimestre anterior. Já a comparação com o mesmo período de 2016, o nível de ocupação apresentou retração de 1,8 ponto percentual, sendo o menor índice desde 2012 no País.

O número de brasileiros enquadrados em “fora da força de trabalho” foi de 64,6 milhões no trimestre encerrado no mês de fevereiro. O resultado mostra estabilidade na comparação com o trimestre diretamente anterior, encerrado em novembro. Já na comparação anual o contingente de brasileiros fora da força de trabalho apresentou alta de 1,1%, ao somar 730 mil pessoas nessa situação.

 

Carteira assinada

O IBGE apurou ainda os dados dos brasileiros que estão no mercado de trabalho, sendo contratados com carteira assinada. No trimestre encerrado em fevereiro deste ano apontou 33,7 milhões de pessoas registradas no País, o que representa um recuo ao se comparar com o trimestre encerrado em novembro de 2016. Ou seja, 337 mil registros em carteira a menos no período. Na comparação anual esse número é bem maior e chega a 1,1 milhão.

No trimestre encerrado em fevereiro de 2017, a categorias dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, que atualmente soma 10,3 milhões de pessoas, ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 5,5% (ou mais 531 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.

O número de trabalhadores por conta própria, que hoje soma 22,2 milhões de pessoas, ficou estável na comparação com o trimestre anterior e recuou 4,8%, ou 1,1 mil pessoas a menos em relação ao mesmo trimestre de 2016.

O contingente de empregadores, que ao total são 4,1 milhões de pessoas, ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceram 9,5%, ao somar 359 mil pessoas em relação ao mesmo período de 2016. A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,0 milhões de pessoas, se manteve estável em ambos os trimestres comparativos, informou o IBGE.