O duro nisso tudo é saber que todo esse dinheiro serve para sustentar uma cambada de preguiçosos e desonestos como no caso do Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal tiveram orçamento previsto para 2017 de 10,2 bilhões de reais. Isso quer dizer que os nossos digníssimos parlamentares custarão à bagatela de 28 milhões de reais por dia aos contribuintes. Os valores das dotações das "Casas legislativas" foram previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual.

O maior orçamento é o da Câmara dos Deputados. Além de 513 deputados, a Casa possui cerca de 16 mil funcionários efetivos e comissionados trabalhando todos os dias. No total, estão previstos R$ 5,9 bilhões para 2017. Dessa forma, R$ 4,4 bilhões, o que representa 81% do orçamento, será destinado ao pagamento de pessoal e encargos sociais.

O Senado Federal tem orçamento um pouco mais modesto. A previsão inicial é que Casa custe R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos em 2017. A maior parcela dos dispêndios também deve ir para os gastos com pessoal e encargos sociais: 85% do total, o equivalente a R$ 3,6 bilhões. As outras despesas correntes devem consumir R$ 611,6 milhões. Já nos investimentos o total será de R$ 30 milhões.

"Eita farra boa! Em 2017, o Congresso Nacional custará ao brasileiro mais de um milhão de reais por hora. Pensando bem, é muita grana sendo jogada fora, quando se trata de um conjunto de parasitas que não produzem absolutamente nada de bom para o povo e a nação, a não ser corrupção. Toda essa dinheirama só serve para alimentar os interesses por projetos e qualquer outro tipo de falcatrua, que vise enriquecer ainda mais as ratazanas de plantão. Enquanto isso o povo sofre nas filas de hospitais, sem transporte, faltam escolas e creches, 14 milhões de desempregados e, estão arquitetando retirar direitos e acabar com a aposentadoria do trabalhador", desabafa Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Completam nesta sexta-feira (2) os 153 dias que o brasileiro terá que trabalhar em média neste ano somente para pagar tributos. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que asssim como no ano passado estima que 41,80% de todo o rendimento ganho atualmente está sendo destinado a impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.

Serão 5 meses e dois dias de trabalho cujos rendimentos serão destinados aos cofres públicos. O tempo é o mesmo desembolsado no ano passado, que foi ano bissexto, mas representa o dobro do que se trabalhava na década de 70 (2 meses e 16 dias ná média) para pagar a tributação, segundo o IBPT.

Dependendo da faixa de renda, o comprometimento da renda com impostos pode ser maior ou menor. Na faixa mensal de rendimento de R$ 3 mil a R$ 10 mil (classe média), o peso dos tributos é marior, comprometendo 44,54% da renda. Na faixa mais alta, com rendimento mensal acima de R$ 10 mil, a mordida é de 42,62%. O peso dos tributos sobre o consumo e sobre a renda também muda de acordo com a classe social. Veja tabela abaixo

  

 

Corrupção consome 29 dias

A partir dos resultados do Projeto Lupa nas Compras Públicas, que monitora todas as compras realizadas pelos governos, o IBPT também estimou que a corrupção consumiu 29 dias de trabalho de cada um dos brasileiros em 2017.

“Assim, determinou-se que cada brasileiro trabalhou 29 dias este ano só para pagar os rombos causados pela corrupção no País”, afirma o presidente do Conselho Superior e Coordenador de Estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

O projeto Lupa monitora todas as compras realizadas pelos órgãos governamentais federais, estaduais e municipais e cruza o valor pago pelos governos com o preço da mesma mercadoria ou serviço comprado pelas empresas.

 

Comparação com outros países

Na comparação com outros países, o Brasil segue na 8ª posição, atrás da Noruega, no ranking que comprara os dias necessários para pagar tributos em 27 países.

Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a diferença é que na Noruega a população tem retorno dos tributos em forma de saúde, transporte, educação, qualidade de vida e pode usufruir, de fato, dos serviços públicos, o que é muito diferente da nossa realidade: “aqui pagamos muito e não temos quase nenhum retorno”.

 

Ranking de dias trabalhados por país

DINAMARCA: 176 dias
FRANÇA: 171 dias
SUÉCIA: 163 dias
ITÁLIA: 163 dias
FINLANDIA: 161 dias
ÁUSTRIA: 158 dias
NORUEGA: 157 dias
BRASIL: 153 dias
HUNGRIA: 142 dias
ARGENTINA: 141 dias
BÉLGICA: 140 dias
ALEMANHA: 139 dias
ESPANHA: 138 dias
ISL NDIA: 135 dias
REINO UNIDO: 132 dias
ESLOVENIA: 131 dias
CANADÁ: 130 dias
NOVA ZEL NDIA: 129 dias
ISRAEL: 125 dias
JAPÃO: 124 dias
IRLANDA: 122 dias
SUIÇA: 122 dias
COREIA DO SUL: 109 dias
EUA: 98 dias
URUGUAI: 96 dias
CHILE: 94 dias
MÉXICO: 91 dias

 

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