Embora a economia do país venha patinando nos últimos anos, a arrecadação de impostos federais tem surpreendido os brasileiros a cada mês que se passa. Esse ano já atingiu a casa do trilhão de reais em impostos com quase um mês de antecedência com relação ao mesmo período de 2016, quando a marca só foi possível em 5 de julho. Mas, o curioso é que essa arrecadação aumentou em função da correção na carga tributária e isenções de impostos, e não como sendo produto final do aumento da atividade econômica que continua muito baixa.

Estamos ainda muito longe de sair dessa crise que se instalou e afundou nossa economia. Se não fosse suficiente, entramos de cabeça numa outra crise mais perversa que é a crise de credibilidade que se entranhou no mercado interno devido aos desmandos políticos causados pelos escândalos de corrupção. O empresariado não investe, não temos emprego, a renda despencou, as taxas de juros continuam nas alturas e o consumo desce ladeira abaixo provocando a quebradeira e o desemprego.

"1 trilhão de reais representam o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2017. A população já não suporta mais ver tamanha carga tributária sendo desviada para sustentar uma máquina pública cheia de vícios e dominada por uma classe política podre, que domina boa parte dos poderes da república. É dinheiro do povo que sustenta mordomias e financia os redutos da corrupção", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informou que até as 8h da manhã da última sexta-feira (16) os brasileiros pagaram R$ 1 trilhão em impostos. O valor foi arrecadado de janeiro até hoje e referem-se a tributos, taxas e contribuições impostas pelo governo brasileiro.

A ACSP informou que o montante foi arrecadado com quase um mês de antecedência ao se comparar com 2016, quando o valor de impostos arrecadados atingiu essa marca em 5 de julho. Segundo o presidente da entidade, Alencar Burti, a arrecadação maior ocorre em períodos de crescimento econômico e de aumenta em taxas tributárias.

“Já que nossa economia não está crescendo, essa diferença de 19 dias reflete aumentos e correções feitos em impostos e isenções, além da obtenção de receitas extraordinárias como o Refis [parcelamento de débitos tributários]. Reflete também a inflação, que, apesar de ter caído, segue em patamar alto”, analisa. Para Burti, “no segundo semestre, espera-se elevação da arrecadação em função da melhora da atividade econômica”.

Entretanto, Burti estima que vai ter reversão desse quadro no segundo semestre. “No segundo semestre, espera-se elevação arrecadatória em função da melhora da atividade econômica”, disse.

 

Arrecadação federal

O presidente da ACSP esclarece que, embora a arrecadação federal tenha caído em termos reais, é o número nominal (sem descontar a inflação), o mesmo medido pelo Impostômetro, que deve ser analisado. “Nosso painel não mede apenas tributos federais. Também entram na conta os estaduais e municipais. O que temos que observar são os valores nominais, porque os gastos são todos nominais”.

 

Brincadeira

Para conseguir mostrar a grandeza do valor pago aos cofres públicos, a ACSP listou algumas curiosidades sobre as possibilidades de usar o dinheiro para outros fins; veja: