Os 50 senadores traidores do povo que votaram a favor da reforma trabalhista nesta terça-feira (11) têm nome e partido explicitado aqui em nossa lista, para que cada cidadão brasileiro na hora de votar em 2018 lembre-se na urna de mandá-lo de volta para casa sem seu voto.
"O Brasil acordou nesta quarta-feira no mais profundo luto trabalhista da história deste país. Numa tacada só governo, parlamentares e empresários rasgaram a CLT e sepultaram definitivamente as conquistas dos trabalhadores adquiridas por anos a fio. Foi um duro golpe para a classe trabalhadora que além de perder seus direitos, ficam agora a mercê de inescrupulosos empresários que perpetuarão a chamada escravidão trabalhista moderna e protegida por lei", observa Canindé Pegado, presidente do SINCAB.
O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o texto principal da propostade reforma trabalhista. Foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção.
Todas as propostas de mudança no texto foram rejeitadas. Como o texto não foi modificado, o projeto segue para sanção do presidente Michel Temer.
Veja quem votou a favor da reforma (por partido):
DEM
Davi Alcolumbre (AP): Sim
José Agripino (RN): Sim
Ronaldo Caiado (GO): Sim
PMDB
Airton Sandoval (SP): Sim
Dário Berger (SC): Sim
Edison Lobão (MA): Sim
Elmano Férrer (PI): Sim
Garibaldi Alves Filho (RN): Sim
Jader Barbalho (PA): Sim
João Alberto Souza (MA): Sim
José Maranhão (PB): Sim
Marta Suplicy (SP): Sim
Raimundo Lira (PB): Sim
Romero Jucá (RR): Sim
Rose de Freitas (ES): Sim
Simone Tebet (MS): Sim
Valdir Raupp (RO): Sim
Waldemir Moka (MS): Sim
Zeze Perrella (MG): Sim
PP
Ana Amélia (RS): Sim
Benedito de Lira (AL): Sim
Ciro Nogueira (PI): Sim
Gladson Cameli (AC): Sim
Ivo Cassol (RO): Sim
Roberto Muniz (BA): Sim
Wilder Morais (GO): Sim
PPS
Cristovam Buarque (DF): Sim
PRB
Eduardo Lopes (RJ): Sim
PR
Cidinho Santos (MT): Sim
Magno Malta (ES): Sim
Vicentinho Alves (TO): Sim
Wellington Fagundes (MT): Sim
PSB
Fernando Bezerra Coelho (PE): Sim
Roberto Rocha (MA): Sim
PSC
Pedro Chaves (MS): Sim
PSDB
Aécio Neves (MG): Sim
Antonio Anastasia (MG): Sim
Ataídes Oliveira (TO): Sim
Cássio Cunha Lima (PB): Sim
Dalirio Beber (SC): Sim
Flexa Ribeiro (PA): Sim
José Serra (SP): Sim
Paulo Bauer (SC): Sim
Ricardo Ferraço (ES): Sim
Tasso Jereissati (CE): Sim
PSD
José Medeiros (MT): Sim
Lasier Martins (RS): Sim
Omar Aziz (AM): Sim
Sérgio Petecão (AC): Sim
PTB
Armando Monteiro (PE): Sim
O que muda nos direitos trabalhistas
Confira abaixo dez pontos das regras trabalhistas que podem ou não mudar com a reforma:
- Convenções e acordos coletivos poderão se sobrepor às leis.
- Alguns direitos específicos não podem ser modificados por acordo, como: 13º salário, FGTS, licença-maternidade, seguro-desemprego.
- A jornada de trabalho pode ser negociada, mas sem ultrapassar os limites da Constituição.
- O tempo do intervalo, como o almoço, pode ser negociado, mas precisa ter no mínimo 30 minutos, se a jornada tiver mais do que seis horas.
- Os acordos coletivos podem trocar os dias dos feriados.
- As férias poderão ser divididas em até três períodos, mas nenhum deles pode ter menos do que cinco dias, e um deve ter 14 dias, no mínimo.
- O imposto sindical se torna opcional.
- A reforma define as regras para home office.
- Ex-funcionário não pode ser recontratado como terceirizado nos 18 meses após deixar a empresa.
- Gestantes e quem está amamentando poderão trabalhar em ambientes insalubres se isso for autorizado por um atestado médico. No caso das grávidas, isso só não será possível se a insalubridade for de grau máximo.