No último dia 29, a NET Serviços e a Embratel publicaram fato relevante informando que resolveram mudar o atual modelo de negócios entre as duas empresas e, ao invés de construírem redes próprias, fazerem o uso diretamente das redes uma da outra. Conforme os comunicados, a Embratel irá passar a ter o direito de uso da rede local da NET, e a operadora de TV paga irá adquirir da Embratel a capacidade de transmissão do backbone IP.

A NET afirmou que “em substituição parcial aos atuais contratos existentes com a Embratel com prazos mais curtos e sem garantia de continuidade, decidiu investir na aquisição de capacidade de transmissão gerada pela infraestrutura de backbone IP de alta capacidade da Embratel”.

Na avaliação da Merryl Lynch, esse acordo fará com que a operadora de TV paga aumente a sua margem de Ebitda (dos atuais 27% para até 30%), sem ter qualquer impacto negativo em seu fluxo de caixa, visto que o acordo prevê que a NET irá adquirir uma parte da rede da Embratel (e vice-versa), o que significa que o custo das linhas de internet passarão a ser contabilizadas como despesas a serem amortizadas.

A Embratel, em seu comunicado, informa ainda que os contratos também irão melhorar a sua margem Ebitda, ainda que “o impacto líquido de caixa não seja material."

Conforme os fatos relevantes, a Embratel irá celebrar contrato de direito de uso da rede HFC da Net na modalidade de “contrato de aquisição de direito irrevogável de uso de capacidade” e a Net fará o mesmo contrato para o backbone IP da Embratel. Não está explicitado nos comunicados, mas a estimativa é de que os contratos estão avaliados em R$ 700 milhões.

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