Trabalho e Emprego

Trabalhar na rua debaixo de sol e chuva, além de ter de correr da fiscalização e ainda correr o risco de perder suas mercadorias, não é tarefa para qualquer pessoa. Mas a falta de emprego com carteira assinada e a necessidade de sobrevivência tem levado milhões de pessoas Brasil afora a tentar a sorte nas ruas das grandes cidades. O grande problema é que além da informalidade esses trabalhadores são desprovidos de proteção social, como plano de saúde e previdência e têm um salário que equivale a apenas metade dos trabalhadores formais.

Já não é de hoje que o Ministério Público do Trabalho (MPT) vem condenando empresas em várias partes do território nacional por burlarem as normas trabalhistas estabelecidas pela CLT. Por se sentirem a vontade para transgredir as leis, muitas empresas agem de maneira desonesta no sentido obter maiores lucros e acabam massacrando os trabalhadores.

Realmente a coisa está feia no mercado de trabalho. A indústria brasileira sozinha produziu em 2015 1 milhão de desempregados, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Apenas no Sudeste, a indústria perdeu 531 mil trabalhadores. Foi o setor que teve a maior queda no número de trabalhadores em 2015.

Com a crise batendo na porta das empresas e para evitar cada vez mais o aumento do desemprego que já atinge 12 milhões de brasileiros, o governo federal encaminhou a Casa Civil uma medida provisória (MP), para tornar definitivo o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A previsão era que o programa terminasse neste ano para novas adesões. O PPE permite a redução de jornada e de salário, em até 30%, com contrapartida da União.

Dizem os especialistas que, quanto maior a escolaridade, maior a chance de conseguir emprego e ganhar mais. Entretanto, ter o jovem passado pelos bancos escolares ou ter um diploma não é garantia de ingresso no mercado de trabalho. Pesa sobre eles a falta de experiência. Esse é um dos fatores que torna o grupo mais penalizado na maior crise econômica do país em um século. Eles não apenas têm as maiores taxas de desemprego, como foram os que mais perderam renda. Esse é o retrato de cinco milhões de brasileiros, de 14 a 24 anos, que estão em busca de emprego, segundo os dados mais recentes do IBGE. Eles representam 42% do total de desempregados do país.

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