Trabalho e Emprego

Os Ares da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, estão sendo infectados pela crise econômica que se instalou no país. A empresa anunciou a colocação de mais um grupo de funcionários em férias a partir desta segunda-feira (24). A medida atinge funcionários dos setores de montagem da aviação comercial e executiva da unidade de São José dos Campos e serve para adequar produção à queda de demanda do mercado aeronáutico.

Vários são os níveis de dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras. De A a Z vão surgindo todos os dias novas dificuldades. Problemas com vendas em baixa, falta de capital ou endividamento nas alturas, já fazem parte do dia a dia de muitas empresas. Porém, começamos a viver um novo ciclo, onde começam a surgir dificuldades de recrutamento de profissionais com competências técnicas. Estapafúrdio? Sim!, 41% das empresas brasileiras não conseguem profissionais para ocupar posições que exigem competências técnicas, revela a pesquisa “Escassez de Talentos” do ManpowerGroup.

E a sangria do desemprego continua fazendo vítimas. Em setembro 11.500 trabalhadores na indústria paulista perderam seus empregos, contabilizando 86 mil postos de trabalho perdidos neste ano, segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

É simplesmente uma corrida contra o tempo. Nos próximos anos o Brasil vai precisar qualificar 13 milhões de trabalhadores para ocupações industriais de nível superior, técnico e de qualificação, diz estudo feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Considerando que a economia brasileira voltará a crescer a partir de 2017, a CNI prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% em 2017, de 2,5% em 2018, de 2,8% em 2019 e de 3,1% em 2020.

O fim de ano vem chegando e as empresas estão cada vez mais reticentes em contratar mão de obra temporária para dar conta das vendas de Natal. Segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Terceirização e de Trabalho Temporário (Fenaserhtt), o motivo da retração é a falta de confiança na demanda. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), comprova: três em cada dez empresários (31,4%) acreditam que as vendas serão piores do que no ano passado.

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