Dirigente do SINCAB participa de Intercâmbio no Japão para troca de conhecimento e práticas sindicais e trabalhistas
Diretoria e Funcionários do SINCAB se unem aos trabalhadores do Brasil inteiro em mobilização contra desmonte de direitos
Marcha contra as reformas da Previdência e Trabalhista levou o SINCAB e milhares de trabalhadores a Esplanada dos Ministérios em Brasília; Polícia Mil...
Parece que a olimpíada acabou provocando uma desaceleração nas vendas de veículos novos no mercado interno no mês de agosto. As vendas despencaram de 8 mil para 7,8 mil unidades diárias, reclama a Anfavea. Segundo empresários do setor, foi apenas uma parada momentânea dos negócios devido aos jogos. O setor espera uma recuperação mais sustentável a partir de setembro com a retomada de confiança do consumidor.
Se a questão do desemprego já assusta, imagine dizer que num país como o Brasil, 10,3 milhões de pessoas que trabalham diariamente recebem até meio salário mínimo, ou seja, 440 reais por mês. Mas essa é uma realidade apresentada por meio da Pnad Contínua e compilada pela Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mostra os efeitos maléficos da crise no país. Os dados apontam ainda que 5,5 milhões recebem apenas um quarto do salário mínimo, o equivalente a uma renda mensal inferior a R$ 220.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 37,6%, ou seja, mais de um terço das negociações salariais feitas em julho deste ano resultaram em reajustes abaixo da inflação. Por outro lado, o número de acordos coletivos com redução salarial está em queda: foram apenas nove em julho, bem abaixo dos 23 em junho, 28 em maio e 34 em abril. São números reveladores de uma economia fraca, que coloca o trabalhador em situação de desvantagem, pois acaba vendo seus rendimentos sumirem mensalmente diante do dragão inflacionário.
Ajustar a produção à queda na demanda, em razão da desaceleração econômica no país, continua sendo o grande desafio da indústria automobilística brasileira. Em julho, o licenciamento de automóveis novos caiu 20,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto o de caminhões e ônibus sofreu queda de 19,4%, segundo dados da Anfavea. Por esse motivo, as cinco maiores montadoras de veículos de São Bernardo do Campo, mandaram para casa 18 mil trabalhadores, após várias tentativas de redução de custos com PDVs, layoffs e PPEs.
Ainda bem que temos um presidente em exercício que acha indigna a condição dos desempregados e que vê a necessidade de preservação dos empregos em nosso país. Hoje temos em todo o Brasil quase 12 milhões de desempregados que procuram uma recolocação no mercado de trabalho e não encontram. São pessoas que lutaram a vida inteira por uma condição de vida melhor, e que agora vêem seus sonhos desmoronar, sem nenhuma perspectiva de futuro.
Na já frenética busca por uma vaga de trabalho, acaba de surgir mais uma dificuldade para quem está procurando emprego. O tempo gasto na busca por uma vaga quase que dobrou em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Brasília, segundo dados do Dieese. O estudo mostra que o tempo médio de procura no primeiro semestre deste ano ficou em 36 semanas, ou 9 meses. Há seis anos, quando o Brasil vivia o pleno emprego, a busca durava, em média, apenas 20 semanas, ou cinco meses, tempo coberto pelo seguro-desemprego. A lógica é simples: com mais gente procurando vaga em um mercado de raras oportunidades, demora-se mais para conseguir emprego.