A inflação oficial brasileira calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou e fechou o mês de abril em 0,71%, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a menor taxa entre os meses de 2015. Entre meses de abril, no entanto, o índice é o maior desde 2011, quando ficou em 0,77%.

Apesar de o IPCA ter sido menor de março para abril, foi apenas uma minoria dos grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que acompanhou esse movimento. Apenas, quatro dos nove grupos tiveram taxas menores na composição da alta de 0,71% no IPCA.

Os índices que mais contribuiram para o alívio foram: Habitação (5,29% para 0,93%); energia elétrica, alimentação e bebidas (1,17% para 0,97%); transportes (0,46% para 0,11%) e Educação (0,75% para 0,21%).

Outros cinco grupos pressionaram mais o índice: Vestuário (0,59% para 0,91%), a alta foi determinada pelas roupas masculinas, cujos preços aumentaram 1,39%, seguidas das femininas (0,93%) e dos calçados (0,89%).

No grupo Despesas Pessoais (0,36% para 0,51%), o item empregado doméstico foi destaque com 1,14%, enquanto os eletrodomésticos (0,79%) se sobressaíram nos Artigos de Residência (0,35% para 0,66%).

Também ganharam força Comunicação (-1,16% para 0,31%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,51%).

 

Trégua na desaceleração

De acordo com Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, a desaceleração da inflação em abril não é uma trégua propriamente dita ao bolso dos consumidores." Além disso, os aumentos expressivos já ocorridos na energia elétrica nos últimos 12 meses (59,93%) acabam interferindo nos preços de outros itens na economia" disse ela.