Economia

Com estruturas inchadas, lucratividade em baixa e orçamento apertado, bancos e empresas estatais tentam se reestruturar mandando milhares de funcionários para casa através de PDVs, economizando bilhões de reais nos próximos anos. Segundo o Ministério do Planejamento e as estatais, mais de 50 mil funcionários foram dispensados nos últimos anos com programas de demissão voluntária e aposentadoria incentivada. A estratégia é cortar custos e ganhar eficiência, já que algumas dessas empresas continuam com seus planos de demissão em aberto, como é o caso da Dataprev e Eletrobrás.

A ordem é empurrar com a barriga o quanto puder. Assim vem acontecendo com milhões de brasileiros que precisam consumir, mas não tem dinheiro suficiente na mão para gastos corriqueiros. A saída encontrada por muitos são os cartões de crédito ou débito, que trazem a segurança para o cidadão e estica o pagamento pra frente.

E mais uma vez a conta vai parar no bolso do contribuinte. Toda vez que o governo não consegue dinheiro para fechar o rombo nas suas contas, a ordem é aumentar a carga tributária em cima do cidadão comum que não tem como escapar. Segundo o governo o aumento de tributos se faz necessário para cumprir a meta de déficit de 139 bilhões de reais deste ano. Parte deste déficit - que não para de crescer - poderia ser coberto se o governo resolvesse cobrar os 533 milhões de reais devidos por deputados e senadores em Refis atrasados, cujos valores são objetos de acordos para pagamento das dívidas de suas empresas, que quase sempre não são honrados, pois eles são "viciados" em parcelar débitos tributários, onde se paga as primeiras prestações e depois abandona os pagamentos a espera de novos perdões.

A arrecadação de impostos federais tem surpreendido os brasileiros a cada mês que se passa. Esse ano já atingiu 1,2 trilhões de reais em impostos com 20 dias antes que no ano passado, quando a marca só foi possível em 10 de agosto. Essa arrecadação chega junto com o anúncio do governo em aumentar a alíquota do PIS e da Cofins incidentes sobre os combustíveis. É arrecadação em dose dupla!

Endividados até o pescoço, sem dúvida é o perfil de milhares de brasileiros acostumados ao consumo desenfreado e sem nenhuma programação em suas contas. Para muitos, ainda empregados, tornou-se um dilema saber controlar os gastos para não acabar inadimplente no final de cada mês quando recebe o salário. Já para outros, a inadimplência é um problema em sua vida por conta do desemprego e queda da renda que tomou conta do país. Inflação, juro alto e escassez de crédito foram fatores determinantes para o aumento da inadimplência.

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