Economia

Seria o senhor ministro um pensador equivocado? Não se pode condicionar a reforma da Previdência como a salvação para a economia brasileira e dizer que ela acabará salvando o Brasil. Estamos vivendo hoje o que foi plantado anos atrás em outros governos - aliás, o senhor foi presidente do Banco Central durante o governo do Lula. A questão só piorou porque os últimos governos não fizeram a lição de casa e gastaram mais do que arrecadaram sem se preocupar com o futuro da economia.

É cada vez maior o número de famílias brasileiras endividadas. O número alcançou 24,1% em abril deste ano, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O alto número de inadimplentes tem como causa principal a forte recessão econômica que o Brasil vem enfrentando, com deterioração do mercado de trabalho, perda de renda e juros cada vez mais caros. Cartão de crédito, crédito pessoal e cheque especial ocupam o topo do pódio da inadimplência.

Subiu para 59,2 milhões no final de março deste ano o número de consumidores inadimplentes no Brasil. São milhões de pessoas que enfrentam dificuldades na hora de honrar seus compromissos. O alto número de inadimplentes tem como causa principal a forte recessão econômica que o Brasil vem enfrentando, com deterioração do mercado de trabalho, perda de renda e juros cada vez mais caros.

No fundo essa reforma só servirá para encobrir a incompetência de um governo falido e já sepultado desde o seu início, com pretensões de se perpetuar no poder e continuar com a bandalheira - de empresários e políticos - que se instalou no país. Antes de se exigir mais anos de contribuição dos trabalhadores, o governo deveria rever as políticas de desoneração e de renúncias previdenciárias; impedir a desvinculação das receitas destinadas aos programas sociais e à Previdência e cobrar seus devedores.

É uma arrecadação excessivamente alta para um país que sofre uma recessão econômica longa e sem perspectivas de acabar. Não temos emprego, a renda despencou, as taxas de juros continuam nas alturas e o consumo desce ladeira abaixo provocando a quebradeira e o desemprego. O Brasil fechou somente no mês de março deste ano mais de 63 mil postos de trabalho. O comércio foi o setor mais prejudicado com 33,9 mil postos de trabalho a menos. Então que milagre do crescimento da arrecadação é esse? Só pode ser o aumento excessivo da carga tributária que pagamos todos os dias através do pouco que consumimos e que não para de aumentar.

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