Representantes de produtores de conteúdo estiveram presentes no debate realizado nesta terça, 7, no Senado Federal, para discutir o PLC 116/2010, que cria um novo marco legal para o mercado de TV paga. E, como já havia acontecido na audiência da semana passada, reforçaram o discurso em favor das cotas de conteúdo nacional existentes no projeto. Para o diretor da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Televisão (ABPTI-TV)e produtor, Adriano Civita, o exemplo internacional precisa ser seguido pelo Brasil como forma de manutenção da identidade cultural nacional. "Diversos países têm medidas de cotas, que são respeitadas pelas empresas. Essas políticas mostram que a produção brasileira precisa de mais espaço sim".

Já a diretora da Associação das Produtoras Brasileiras de Audivisual (APBA), Tereza Trautman, não ficou apenas na defesa das cotas e partiu para o ataque contra o discurso das programadoras internacionais de televisão paga. Para Tereza, é inadmissível que o Congresso Nacional aceite pacificamente os argumentos de empresas estrangeiras contra o conteúdo brasileiro. "Eu acho chocante que empresas internacionais venham aqui questionar a legitimidade de termos uma produção regional de conteúdo que representará apenas 1% do mercado audiovisual", protestou. "Essa questão das cotas não pode ser a Geni do projeto. Estou estarrecida com o que vi aqui. Acho que devíamos ir para casa, colocar a cabeça no travesseiro e pensar qual é o país que queremos para os nossos filhos e netos. Fico muito triste porque eu acredito que o Brasil pode mais do que isso."

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