O Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, centro da capital paulista, foi o local escolhido pelas centrais sindicais para dar início, nesta sexta-feira (30), a mais uma rodada de manifestações contra as reformas trabalhistas e previdenciárias que estão em discussão no Congresso Nacional e que só servirão para assaltar a aposentadoria do trabalhador e retirar direitos adquiridos na CLT, além de beneficiar e aumentar substancialmente os lucros do empresariado.

Por volta das 11h, o SINCAB junto com a CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical e CSB, caminharam até a representação do Ministério do Trabalho em São Paulo, Rua Martins Fontes, para se juntar a mais um grupo de trabalhadores e ouvir os representantes das centrais sindicais que fizeram críticas as reformas e ao governo de Michel Temer. Aos gritos de "Fora Temer", sindicalistas e manifestantes pediram aos parlamentares para que não votem a favor desse conjunto de maldades que o governo federal está querendo empurrar goela abaixo do trabalhador.

 

As reformas

Se aprovada, a PEC 287/2016 da Previdência fará com que as pessoas comecem a trabalhar aos 16 anos e contribuam ao INSS pelos 49 anos seguintes, sem nenhuma interrupção, para poderem receber a aposentadoria na integralidade aos 65 anos de idade. A PEC propõe também igualar a idade para aposentadoria para homens e mulheres, trabalhadores do campo e da cidade, em 65 anos.

A proposta de Reforma Trabalhista (PL 6787/2016), cujo cerne é a prevalência do negociado sobre o legislado, parecendo ignorar que a CLT não impede que ocorram negociações para além do que a lei estabelece desde que sejam para mais. Nesse sentido, o negociado prevalecer sobre o legislado significará a possibilidade de contratações em patamares inferiores aos estabelecidos pela legislação, com a redução de direitos.

 

Presidente do SINCAB

Canindé Pegado, presidente do SINCAB, em entrevista para o canal de televisão CNT, comentou a mobilização sobre as reformas. Ouça na integra: