O governo afirma que as alterações através das medidas são importantes e podem gerar economia de até R$ 18 bilhões por ano. Já as centrais alegam que essas modificações representam um retrocesso na vida dos trabalhadores.

Com a presença de seu presidente, Canindé Pegado, o SINCAB participou na última terça-feira (3), de uma reunião com ministros do governo e mais seis centrais sindicais, para discutir e propor a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que alteram regras para benefícios sociais como: seguro desemprego, abono salarial, auxílio-doença, seguro-defeso, auxílio-reclusão e pensão por morte, e estabelece também convênio para perícia médica com empresas privadas.

A reunião, que durou cerca de três horas, foi marcada pela inflexibilidade do governo perante as reivindicações das centrais, mas com a promessa de que incluirá o Congresso nas negociações para a versão final das MPs. Para tanto, organiza uma comissão tripartite, incluindo parlamentares das duas Casas, e já tem agendada a primeira reunião para próxima semana.

"Somos todos a favor da revogação das Medidas Provisórias anunciadas pelo governo federal, que tem o único objetivo de massacrar a classe trabalhadora deste país. Não vamos abrir mão de direitos já conquistados. O SINCAB faz coro com as centrais sindicais na defesa dos interesses da classe trabalhadora, e não permitiremos esse massacre, disse Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A agenda de reuniões, contou com a participação dos presidentes da UGT, Força Sindical, CUT, CTB, NCST e CGTB, que conversaram com os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República; Carlos Gabas da Previdência Social; Nelson Barbosa, de Planejamento e Manoel Dias do Trabalho e Emprego.

 

Novos encontros para debates

Já para a próxima semana, o governo federal pretende realizar um amplo debate sobre a informalidade no mercado de trabalho, a excessiva rotatividade nos empregos e a atualização do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda. O foco será buscar formas de diminuir o impacto das novas regras do seguro-desemprego através da proposição de medidas que reforcem as relações de trabalho.

E, mais para frente, será realizada uma nova rodada de discussões para rever as questões previdenciárias, quando também será analisado novamente o pedido para extinguir o Fator Previdenciário.

“Levaremos todas essas reivindicações ao Congresso, por meio de comissões tripartites, para que a nova composição de forças compartilhe uma mesa, compartilhe opiniões, e para que possamos desenvolver uma agenda de médio prazo”, disse Miguel Rossetto, Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, em coletiva a imprensa. Perguntado sobre o que o governo fará no caso de o novo Congresso ou o Supremo Tribunal Federal derrubarem as MPs, Rossetto disparou: “Nós não estamos trabalhando com essa hipótese”.

 

Para Canindé Pegado, presidente do SINCAB, a nossa categoria lutará para que o ajuste fiscal do governo não seja feito à custa dos direitos sociais dos trabalhadores.

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