"Apesar dos sucessivos índices de crescimento apresentados nos últimos anos, a Televisão por Assinatura acabou também afetada pela crise e fechou o mês de abril de 2016 com uma queda de 4,3% em sua base de assinantes. A crise que assola o país - e não tem poupado nenhum setor da economia - fez com que as famílias brasileiras repensassem seus hábitos de consumo, dando prioridade aos gastos com itens de primeira necessidade. Essa mudança fez com que o número de assinantes de TV por Assinatura encolhesse de 19,11 milhões em abril de 2015 para 18,9 milhões em 2016. Embora tenha havido uma perda natural de consumidores e a base de assinantes esteja prestes à estabilização, o setor está convicto de uma recuperação já para os próximos meses, com a volta do crescimento da economia e dos investimentos e a criação de novos empregos, ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Em todo o país, o número de assinantes de televisão caiu 4,3% em abril, comparado a abril do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (Abta). Os dados foram apresentados hoje (21).

O levantamento - feito desde 2001 - aponta altas consecutivas nas assinaturas até 2014, quando o setor entrou em queda. Em abril de 2016, calcula-se que existam 18,9 milhões de assinantes. Em abril de 2015, eram 19,11 milhões.

Para Osmar Vicente Simão de Oliveira, presidente da Abta, a retração não é vista de forma tão negativa. “A queda da base de assinantes foi menor que a queda da economia, o que mostra que é falsa a ideia de que este é um produto supérfluo, que é o primeiro custo que as pessoas cortam”, disse.

Um aspecto positivo do levantamento foi a melhora dos números em seis meses. A variação mensal passou de -0,97% em novembro de 2015 para -0,29% em abril deste ano. Osmar prevê dados mais favoráveis nos próximos meses. “Devemos ter estabilizado essa base de assinantes nos próximos meses, o que não é nada espetacular. O ideal seria continuar crescendo, porém, isso já sinaliza a possibilidade de retomada da economia”, afirmou.

A clandestinidade, quando o sinal das televisões pagas é obtido de forma irregular, ainda representa um problema para o segmento, segundo o presidente da Abta. “Em momentos de crise há risco de aumento. Se a pessoa gosta do serviço e a questão é financeira, ela tenta obter por maneiras ilícitas”, disse. Os últimos dados de 2015 apontam que 4,1 milhões de casas têm televisão clandestina.

 

Enriquecimento cultural

Uma pesquisa para descobrir os benefícios dos canais pagos à população apontou que 79% dos espectadores consideram que a TV por assinatura oferece opções culturais às famílias. A televisão também é vista como fonte de lazer para 74% dos assinantes.

“Algumas dessas pessoas vivem desprovidas de equipamentos culturais, não têm cinema, não têm teatro. O custo de ir a um shopping é quase o mesmo de uma assinatura mensal de televisão”, opinou Osmar. “Essa pesquisa ratificou esse sentimento que a gente já tinha, de forma intuitiva”, acrescentou.

Constatou-se, ainda, que 52% dos assinantes foram beneficiados pela televisão, que ajudou na vida escolar dos filhos. A programação sobre saúde e alimentação também favoreceu 52% dos assinantes a terem uma vida mais saudável. O levantamento ouviu 500 pessoas das classes B2 e C, que representam a maior fatia da população brasileira.

 

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