Nos últimos cinco anos, a Tv por assinatura no Brasil quase dobrou sua abrangência. Passou cerca de 4 milhões de domicílios, no início de 2005, para 7,5 milhões no final de 2009 – segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A combinação entre os serviços de TV, banda larga e telefonia impulsionou o crescimento de assinaturas, porém o tempo em que o assinante se dedica aos canais pagos não mudou, ou seja, a TV paga ganhou novos telespectadores, mas não soube deixar seu conteúdo mais atrativo – mesmo com o acréscimo de receita. Em janeiro de 2005, o telespectador passava, em média, 2 horas e 14 minutos vendo canais “fechados”, de acordo com o Ibope. Já em dezembro de 2009, o tempo diminuiu para 2 horas e 12 minutos.

Em cinco anos, a TV por assinatura oscilou entre as marcas de 2 horas e 27 minutos de consumo diário por telespectador, em 2006, a 2 horas e 53 minutos – em fevereiro de 2008. Por outro lado, o brasileiro dedicava, em média, 5 horas e 1 minuto à TV aberta, em janeiro de 2005, e em dezembro do ano passado, diminuiu em apenas 27 minutos por dia, marcando 4 horas e 34 minutos.

A internet foi o único meio a manter uma curva ascendente, consumindo 51 minutos diários de um usuário em janeiro de 2005 para 1 hora e 19, em dezembro de 2009.

Os números apontam uma migração do público da TV aberta para internet e não para a TV paga. E as próprias TV por assinatura viabilizaram isso, a internet em alta velocidade possibilita assistir os programas e séries no computador sem depender das grades fechadas das Tv por assinatura.

Os grandes beneficiados com o aumento de assinantes são as operadoras (Net, Sky, TVA/Telefônica), não as programadoras (Globosat, Sony, Discovery, MTV, ESPN).

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