Política

A grande verdade é que o jogo ainda não terminou. Apesar de apostar todas as suas fichas na votação da reforma Trabalhista no plenário do Senado, mesmo assim o governo ainda corre o risco de ter alguma surpresa. O senador Renan Calheiros já demonstrou que se depender dele a vida do governo não será fácil e aprovação da reforma Trabalhista poderá sofrer novo revés. Renan foi um dos comandantes da derrota do governo na última terça-feira (20), ao fazer duras criticas a reforma trabalhista e trabalhar para convencer os parlamentares a votarem contra a aprovação da proposta na Comissão de Assuntos Sociais.

Sabotagem nos cofres públicos já virou rotina entre nossos parlamentares. O que muda um pouco é a prática desonesta que será usada para encobrir as falcatruas realizadas pelos nobres deputados e senadores da república. Na modalidade Previdência Social, existe uma dívida com o INSS de 372 milhões de reais de empresas ligadas aos parlamentares, que se arrasta há anos e nunca foi paga. São 73 deputados e 13 senadores ligados a grupos devedores. As desculpas para o não pagamento das dívidas são variadas e beiram ao ridículo, pois subestimam a inteligência de milhões de brasileiros.

Se existe alguém que saiu chamuscado no julgamento da chapa Dilma/Temer, foi o ministro Gilmar Mendes. A mais longa sessão do TSE comandada pelo ministro-presidente será sempre lembrada pelas inúmeras trocas de farpas entre ministros e até um vice-procurador.

O que aconteceu na última sexta-feira (9) diante de milhões de pessoas que colocaram suas expectativas e esperanças nos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi sem dúvida lamentável e humilhante para toda a sociedade brasileira. Completados três anos das apurações de denúncias contra a chapa Dilma/Temer da acusação de abuso de poder político e econômico, eis que o TSE resolve absorver a dupla por quatro votos a três, num julgamento que trouxe à tona a simpatia e o agradecimento de quatro ministros para com seus amigos e compatriotas que os colocaram lá, já com o intuito de livrá-los de possíveis tormentos no futuro.

O que quer que aconteça neste momento a ordem presidencial para os aliados é deixar as reformas trabalhistas e previdenciárias de lado e se concentrar nas denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de quem depende a sobrevivência de Michel Temer no cargo. O presidente anda nervoso, tem dormido pouco e passado horas em reuniões com ministros do governo e parlamentares aliados na busca de encontrar soluções para a grave crise que se instalou em seu governo. Se é que existe solução!

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