Estamos chegando ao final do ano e sequer existe sinal de queda do desemprego. Pesquisas como a da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam que o nível de desemprego segue elevado e não dá sinais de que a tendência será revertida, pelo menos por enquanto. Índices mostram que recuperação será mais complicada do que a estimada.

"Com certeza precisaremos de tempo e paciência para retomar o desenvolvimento e conseqüentemente os empregos que sumiram nos últimos anos em função da crise. Temos um caminho muito longo a trilhar. Entraremos 2017 com um contingente bastante elevado de pessoas desempregadas. Mas, não podemos esmorecer e parar de lutar. Temos um compromisso com o Brasil e sua classe trabalhadora. Vamos à luta!", convoca Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O nível de desemprego segue elevado e não dá sinais de que a tendência será revertida, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Indicador Antecedente de Emprego da instituição recuou 0,8 ponto em outubro e alcançou 92,9 pontos.

"A queda representa uma acomodação do indicador após sete altas consecutivas, entre março e setembro, que sinaliza atenuação do ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira", aponta a FGV, em nota.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em outubro, para 99,2 pontos De acordo com a FGV, a segunda alta seguida do indicador o mantém próximo ao máximo histórico, mostrando que o nível de desemprego continua elevado e não mostra evidências de reversão da tendência de alta até agora.

“Os índices de mercado de trabalho mostram que o otimismo com relação ao futuro ainda não se reflete em melhora no mercado de trabalho. O índice coincidente da taxa de desemprego (ICD) permanece estacionado em níveis elevados, sinalizando que a situação atual do mercado de trabalho continua bastante difícil."

Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV/Ibre, a leitura conjunta dos índices parece indicar uma recuperação mais complicada do que a esperada nos próximos meses. "O mercado continua ruim e deve demorar a mostrar sinais mais consistentes de melhora”, afirma.