Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o desemprego voltou a subir em maio na região metropolitana de São Paulo. A taxa passou de 12,4% em abril para 12,9% no mês passado, na quarta alta mensal seguida.
O número de desempregados na região metropolitana foi estimado em 1,435 milhão de pessoas, sendo 68 mil a mais que no mês anterior, gerando um aumento de 5%. De acordo com o Dieese, o ligeiro acréscimo do nível de ocupação - geração de 27 mil postos de trabalho, ou 0,3% - foi insuficiente para absorver o aumento da população economicamente ativa , com a entrada de 95 mil pessoas na força de trabalho da região, o equivalente a 0,9%.
O levantamento revelou que houve aumento de 0,3% no número de assalariados em maio em relação a abril. No setor privado, houve queda entre os trabalhadores com carteira de trabalho assinada de 0,4%, enquanto os sem carteira tiveram alta de 2,8%. Houve alta no contingente de autônomos, de 0,3%, e queda no de empregados domésticos (-1,4%).
Dados da pesquisa mostraram que em maio foram registradas demissões na indústria - com eliminação de 25 mil postos de trabalho, o que representa uma redução de 1,6% no total de trabalhadores do setor na região - e o comércio - que fechou 5 mil vagas na passagem de abril para maio, queda de 0,3%. A construção civil abriu 41 mil vagas no período (aumento de 5,9% no contingente de funcionários) e os setores de serviços criaram 26 mil empregos, alta de 0,5%.
Aumento no Rendimento
Ainda segundo o estudo do Dieese/Seade, o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados na região metropolitana de São Paulo subiu 0,6% em abril, em relação a março, para R$ 1.916. O dos assalariados aumentou 0,3% no período e passou a valer R$ 1.930. No confronto com abril de 2014, o rendimento médio real dos ocupados encolheu 8,8% e o dos assalariados caiu 7,2%.