E quem achou que já tínhamos atingido o fundo do poço do desemprego, se enganou redondamente. Continuamos descendo ladeira abaixo carregando mais de 14 milhões de pessoas desempregadas. Enquanto o mundo da política sofre cada vez mais com denúncias de corrupção fruto das investigações da Lava Jato, a economia vai agonizando e promovendo a quebradeira da nação. Além de vergonha, faltam ações por parte do governo federal que visem estimular o mercado interno e fortalecer a economia, assim como a destituição de membros do governo envolvidos e investigados nos mais diversos propinodutos.

"No Brasil existe hoje uma falta de credibilidade nas instituições, provocada pelos inúmeros escândalos de corrupção que tomou conta do país. A cada dia um novo deputado é preso pela polícia federal acusado de estar envolvido em esquemas fraudulentos. Sendo assim os investimentos ficam escassos, a renda cai e as pessoas deixam de consumir. O que provoca a quebradeira no comércio e conseqüentemente afeta a indústria que para as máquinas e demite desordenadamente", assinala Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O mercado de trabalho brasileiro em maio aponta perda da confiança sobre a economia dado o aumento da incerteza política, com a queda do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (6).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, registrou queda de 1,2 pontos no mês passado e foi a 99,3 pontos, após três altas e um mês de estabilidade este ano.

"O recuo do IAEmp pode refletir alguma perda de confiança quanto à recuperação da economia brasileira ao longo dos próximos meses devido ao aumento da incerteza (principalmente política)", disse o economista da FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho.

A FGV destaca, porém, que dado os números positivos no início do ano, o resultado negativo para maio ainda não reverte à tendência de melhora gradual das condições do mercado de trabalho.

A leitura do IAEmp teve como destaque em maio a queda dos indicadores que medem o grau de satisfação com a situação dos negócios no momento atual e o otimismo para os próximos seis meses, com quedas respectivamente de 4,3 e 3,6 pontos.

 

Percepção das famílias

Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, teve queda de 0,1 ponto em relação a abril e chegou a 97,3 pontos.

No ICD, o indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego recuou 2,5 pontos para o grupo de consumidores que tem renda mensal familiar entre 4,8 mil e 9,6 mil reais.

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego no Brasil recuou pela primeira vez em quase dois anos e meio, para 13,6 por cento, de acordo com dados do IBGE divulgados na semana passada. Essa tendência, porém, pode ser afetada pelas incertezas políticas, que diminuem a confiança na economia e podem dificultar a retomada do crescimento.

 

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