Trabalho e Emprego

Estamos chegando ao final do ano e sequer existe sinal de queda do desemprego. Pesquisas como a da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam que o nível de desemprego segue elevado e não dá sinais de que a tendência será revertida, pelo menos por enquanto. Índices mostram que recuperação será mais complicada do que a estimada.

No Brasil de hoje é muito comum ver jovens correndo atrás de um diploma Universitário, como forma de garantir um futuro melhor e uma carreira brilhante. O problema é que nem sempre o mercado de trabalho absorve esse potencial de formandos que é despejado todos os anos para concorrer com os que também procuram uma recolocação. De acordo com o Censo do Ensino Superior, em 2014, um milhão de pessoas saiu das salas de aula. Esse número de graduados é muito superior ao que o mercado brasileiro pode suportar. Por outro lado existe a questão da escolha dos cursos que também impactam diretamente na carreira profissional desses jovens.

Nunca na história deste país se produziu tanto desemprego como nos últimos anos. Somos mais de 12 milhões de desempregados, desde que a crise começou em 2014. Os mais atingidos foram as micro e pequenas empresas. Porém, já começam a aparecer sinais de recuperação entre os negócios de menor porte. Em agosto e setembro, essas empresas registraram saldo positivo de 6.645 novas vagas de trabalho. No Brasil, os pequenos negócios reúnem a maior parte dos trabalhadores. 54% dos empregados com carteira trabalhavam em empresas desse porte.

Apesar de termos mais de 12 milhões de desempregados em todo o país, as empresas de um modo geral andam tendo dificuldades na hora de preencher vagas. Em meio à crise, tornou-se uma constante as pessoas se candidatarem a qualquer vaga de trabalho sem focarem nos seus objetivos e formação profissional. Uma pesquisa feita neste ano por uma consultoria de RH apontou que 43% dos empresários brasileiros tiveram dificuldades em preencher as vagas de suas empresas.

Mais velho e experiente, sem emprego, com dívidas e uma família para sustentar, esse tem sido o perfil de muitos brasileiros candidatos a uma vaga temporária de fim de ano. Cansados de mandar milhares de currículos e nunca serem chamados, esses trabalhadores acabam optando por uma oportunidade temporária de fim de ano como forma de sobrevivência e oportunidade de se recolocar no mercado de trabalho, além de conseguir renda extra para quitar suas dívidas.

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