"Já há algum tempo se discute no âmbito dos sindicatos, a possibilidade de acabar com o fator previdenciário ou, pelo menos, substituí-lo por um modelo menos prejudicial ao trabalhador. Proposta pelo Ministério da Previdência Social, a nova fórmula 85/95, soma o tempo de contribuição com idade do trabalhador para garantir o direito ao pedido de benefício".

O Dieese afirmou na última quarta-feira (25), que a nova fórmula 85/95, proposta pelo Ministério da Previdência Social, para o cálculo da aposentadoria dos trabalhadores, em substituição ao fator previdenciário, é positiva.

Segundo José Silvestre, Coordenador de Relações Sindicais do Dieese, a proposta deverá ser discutida com as centrais sindicais nas próximas semanas. Ele lembra que o fim do fator previdenciário é "uma luta histórica das centrais", medida que foi instituída em 1998, na reforma da Previdência proposta pelo governo Fernando Henrique Cardoso, com o intuito de retardar as aposentadorias, mas que "na prática, não aconteceu".

Silvestre explicou também, que o fator previdenciário nada mais é do que um redutor do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Ele ressalta, que o que governo está sinalizando e reconhecendo é que o fator previdenciário não retardou as aposentadorias, e que está sendo cada vez mais frequente os homens se aposentarem com a idade média de 54 anos, e as mulheres, com 52".

José Silvestre faz questão de deixar claro, que dentro das novas regras propostas pelo ministério, o que deverá ser discutido é a "combinação do tempo de contribuição com a idade, o equivalente a 85 para mulheres e 95 para homens. "Em relação ao que temos hoje, o fator previdenciário, essa fórmula é melhor que o atual modelo de cálculo", diz ele.

Posição do SINCAB

"Estamos abertos a qualquer discussão que vise o bem-estar da classe trabalhadora em nosso país. Só não vamos aceitar que a conta dos reajustes para reduzir o déficit fiscal seja transferida para o trabalhador. Essas mudanças nos preocupa muito. Nós do SINCAB não podemos aceitar nemhuma redução de direitos. O SINCAB faz coro com as centrais sindicais na defesa dos interesses do trabalhador brasileiro", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

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