Durante jantar com parlamentares do PSD, na última terça-feira (24), e sempre buscando apoio na base aliada do governo para a aprovação das medidas provisórias 664 e 665 que alteram as regras de concessão de benefícios trabalhistas e beneficiários, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, ressaltou a absoluta necessidade da aprovação do pacote de medidas de ajuste fiscal, como um sinal aos mercados de que o executivo e o legislativo estão trabalhando em conjunto para reverter a imagem negativa de expectativas sobre a economia brasileira.

Joaquim Levy, foi enfático ao afirmar que o montante que o governo irá economizar com a aprovação das mudanças na concessão de benefícios trabalhistas - hoje estimado em R$ 18 bilhões - é importante, mas o fundamental é mostrar aos mercados que o Executivo e o legislativo estão somando esforços para realizar o ajuste fiscal. Ele fez questão de ressaltar, que o gesto da aprovação das medidas será mais forte que a economia que isso possa gerar. O presidente do PSD, Guilherme Campos, surpreendeu dizendo ter concluido, que a não aprovação das medidas terá efeito muito mais grave que as mudanças que estão sendo propostas agora.

Em outra frente, sindicalistas se reuniram em Brasília com três ministros, entre eles o ministro da Previdência Carlos Gabas, onde apresentaram dados sobre a alta rotatividade no mercado de trabalho, pediram a revogação das MPs e defenderam outras propostas para o ajuste fiscal, como tributação sobre grandes fortunas. "Como o governo não se propõe a negociar as MPs, vamos derrubá-las no Congresso", disse Antônio Neto, presidente da Central Sindical dos Trabalhadores (CST).

Após a reunião com os lideres sindicais, Carlos Gabas, ministro da Previdência, afirmou que o governo está aberto a negociação, mas que não haverá adiamento na entrada em vigor das medidas, algumas já previstas para a próxima semana. Gabas disse, que o governo está fazendo um esforço adicional para avaliar as mais de 500 emendas apresentadas no Congresso Nacional e debaterá sobre novas propostas. "Está mais fácil chegar a um acordo sobre as mudanças no pagamento de pensões, do que no caso do seguro desemprego". disse ele. Novas rodadas de negociações estão marcadas para a semana que vem.

 

Posição do SINCAB

Quanto às medidas provisórias:

"Para o presidente do SINCAB, a conta dos reajustes para reduzir o déficit fiscal não pode ser transferida para o trabalhador. Essas mudanças nos preocupa muito. Nós do SINCAB não podemos aceitar nenhuma redução de direitos. Queremos que o Congresso atue na defesa de uma agenda positiva voltada para a preservação dos direitos e conquistas da classe trabalhadora. O SINCAB faz coro com as centrais sindicais na defesa dos interesses da classe trabalhadora, e não permitiremos esse massacre", finalizou Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Canindé Pegado, presidente do SINCAB, afirmou ainda, que vai participar das reuniões no Congresso Nacional, fortalecendo a luta no sentido de que as medidas provisórias 664 e 665 sejam retiradas, por conta do grande impacto negativo para os trabalhadores em TV por assinatura e demais trabalhadores brasileiros.

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