"Trata-se das medidas provisórias MPs 664 e 665, que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas, como seguro desemprego, abono salarial, auxílio-doença, seguro-defeso, auxílio-reclusão e pensão por morte, anunciadas pelo governo para economizar R$ 18 bilhões no ano de 2015".

A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem (04) no Palácio do Planalto, com os lideres da base aliada no Senado e na Câmara, para defender as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo. Na ocasião Dilma foi cobrada a ouvir mais os integrantes da base aliada antes do envio de propostas ao Congresso Nacional.

Segundo participantes do encontro, Dilma transpareceu "tranquilidade" e "humildade". Dilma pediu unidade pela aprovação das medidas de ajuste fiscal, e reconheceu que é preciso estabilizar a relação com os aliados porque os problemas políticos estão afetando a economia.

Os parlamentares aproveitaram para cobrar a presidente sobre a demora do governo em enviar uma nova proposta de reajuste do Imposto de Renda ao Congresso.

Os lideres lembraram a Dilma que o veto ao reajuste de 6,5% na tabela do IR poderá ser votado a qualquer momento, já que está incluido na pauta da próxima sessão conjunta do Congresso Nacional. Eles deixaram claro também, que a maioria dos congressistas irão derrubar a decisão da presidente.

Dilma disse que não tem como este reajuste ficar acima 4,5%. Por isso determinou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reúna com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir uma nova proposta sobre o reajuste da tabela do Imposto de Renda antes de um novo texto estar concluído.

 

Sobre as MPs Trabalhistas

Para o líder do PT, Humberto Costa (PE), até agora o governo não se mostrou propenso a negociação. Porém, é provável que as propostas sofram alteração no Congresso. "Embora o governo não tenha dito que fará alguma negociação, tenho para mim que isso acontecerá e vamos caminhar para aprová-las no prazo, disse ele.

 

Posição do SINCAB

Quanto às medidas provisórias:

"Para o presidente do SINCAB, a conta dos reajustes para reduzir o déficit fiscal não pode ser transferida para o trabalhador. Essas mudanças nos preocupa muito. Nós do SINCAB não podemos aceitar nenhuma redução de direitos. Queremos que o Congresso atue na defesa de uma agenda positiva voltada para a preservação dos direitos e conquistas da classe trabalhadora. O SINCAB faz coro com as centrais sindicais na defesa dos interesses da classe trabalhadora, e não permitiremos esse massacre", finalizou Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Canindé Pegado, presidente do SINCAB, afirmou ainda, que vai participar das reuniões no Congresso Nacional, fortalecendo a luta no sentido de que as medidas provisórias 664 e 665 sejam retiradas, por conta do grande impacto negativo para os trabalhadores em TV por assinatura e demais trabalhadores brasileiros.

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