Renda média brasileira cresceu 2,4% em 2014, enquanto mais pobres tiveram aumento de 6,2%, ante 2,1% dos mais ricos.

A renda média mensal real (descontada a inflação) domiciliar per capita cresceu 2,4% ao passar de R$ 1.217, em 2013, para R$ 1.246 em 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014 (Pnad 2014), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto os domicílios pertencentes aos 10% com menor renda domiciliar per capita tiveram aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os domicílios pertencentes aos 10% com maior renda tiveram aumento menor, de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183), denotando queda da desigualdade na distribuição do rendimento domiciliar per capita.

Os rendimentos de trabalho tiveram aumento de 0,8% (de R$ 1.760 para R$ 1.774) e o índice de Gini da distribuição desses rendimentos, que vem em trajetória decrescente desde 2004, passou de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014 (quanto menor, menos desigual). Nesse mesmo período, o índice de Gini dos rendimentos de todas as fontes passou de 0,501 para 0,497, e o do rendimento domiciliar passou de 0,497 para 0,494.

 

Proporção de empregados cai e de trabalhadores autônomos cresce

Quanto à inserção no mercado de trabalho, a proporção de empregados (60,5 milhões) caiu 1,0 ponto percentual, passando de 62,3% em 2013 para 61,3% em 2014, enquanto os trabalhadores por conta própria (21,1 milhões) cresceram de 20,7% para 21,4%. Entre os trabalhadores domésticos (6,4 milhões), houve redução de 6,7% para 6,5%, e estabilidade em 3,8% no grupo de empregadores (3,7 milhões). Cabe ressaltar que em termos do contingente, tanto os empregados quanto os trabalhadores domésticos registram expansão, de 1,3% (765 mil) e 0,2% (16 mil), respectivamente. Na comparação com 2013, a queda mais acentuada nos empregados foi no Sudeste (de 67,7% para 66,2%).

 

Carteira assinada cresce 1% no País, mas tem redução de 220 mil no Sudeste

O contingente de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado não agrícola registrou acréscimo de 1,0% ou 345 mil trabalhadores, passando de 34,7 milhões em 2013 para 35,1 milhões de pessoas em 2014. O aumento ocorreu no Norte (5,6%), Nordeste (5,4%), Centro-Oeste (2,1%) e Sul (1,8%), mas houve queda no Sudeste -1,2%), com redução de 220 mil ocupados com carteira no setor privado não agrícola. Sudeste (82,5%) e Sul (84,6%) foram as regiões com maiores percentuais de empregados com carteira, seguida por Centro-Oeste (78,0%), Norte (68,1%) e Nordeste (66,7%).

A PNAD captou aumento na proporção de trabalhadores por conta própria (de 17,8% para 19,0%) e empregadores (de 78,6% para 80,5%) registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) entre 2013 e 2014. No Centro-Oeste, a formalização dos trabalhadores por conta própria passou de 19,7% para 23,0%; no Sudeste, de 23,4% para 25,0%; e no Sul, de 27,2% para 28,2%. Os menores percentuais de formalização foram verificados no Nordeste, embora tenha aumentado de 8,8% para 9,4%, e na região Norte, onde houve recuo de 8,9% para 8,8%. As maiores proporções de empregadores em empreendimento com registro no CNPJ foram observadas nas regiões Sul (89,4%) e Sudeste (83,7%).

Em 2014, 61,7% dos ocupados (60,8 milhões de pessoas) eram contribuintes de instituto de Previdência. Em relação a 2013, a expansão foi de 3,1% (1,8 milhão de pessoas). As regiões Sudeste e Sul atingiram proporção superior a 70,0%, enquanto no Norte e Nordeste menos da metade dos ocupados eram contribuintes da Previdência.

 

 

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