A renda média do trabalhador brasileiro com carteira assinada, despencou no mês de fevereiro para um dos piores patamares desde 2011. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio real (descontada a inflação) habitual das pessoas com trabalho em fevereiro foi de R$ 2.163,20, queda de 1,4% na comparação com janeiro (R$ 2.194,22) e de 0,5% em relação a fevereiro do ano passado (R$ 2.174,35).

É a primeira queda desde outubro de 2011, que foi de 0,3%, quando comparado o resultado de um mês com igual período do ano anterior.

Foi também o pior resultado na base de comparação desde maio de 2005, quando apresentou queda de 0,7% no rendimento.

O relatório faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), apresentada pelo IBGE nesta quinta-feira (26). O índice de inflação usado na comparação foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE.

Para a porta-voz do IBGE, Adriana Beringuy, há muito tempo não há uma retração do rendimento. "Nesses dois últimos meses, a gente vê o aumento do indicador da inflação. Houve de fato uma retração em função da inflação, para rendimentos em termos reais" disse ela.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 11,6 milhões, permanecendo estável na comparação anual e mensal, segundo o IBGE.

 

Por setores

O pior desempenho, por setor, quando descontada a inflação, foi dos trabalhadores que prestam serviços a empresas. A queda atingiu o patamar de 3,3% na renda em comparação com o mês de fevereiro de 2014, e de 5,4% com janeiro de 2015.

O segundo lugar ficou com os trabalhadores da indústria que tiveram queda de 1,9% no rendimento em relação a 2014 e de 4,1% quando comparado com janeiro de 2015.

O SINCAB tem se preocupado cada vez mais com a situação do emprego no país. Prova disso, é que o presidente, Canindé Pegado, se reuniu recentemente em Brasília com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e dirigentes sindicais, para reivindicar uma política para criação de mais vagas e preservação do emprego ameaçado pela crise, e principalmente voltada para a criação de mais emprego para os mais jovens.

Canindé Pegado propôs na ocasião, a criação de uma política efetiva de desenvolvimento industrial para o Brasil e a criação de programas objetivos em defesa do emprego. Para isso, ele sugeriu que seja criado uma coordenação com a participação dos trabalhadores, empresários, universidades e Governo.

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