Os Ares da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, estão sendo infectados pela crise econômica que se instalou no país. A empresa anunciou a colocação de mais um grupo de funcionários em férias a partir desta segunda-feira (24). A medida atinge funcionários dos setores de montagem da aviação comercial e executiva da unidade de São José dos Campos e serve para adequar produção à queda de demanda do mercado aeronáutico.

"Como sempre a corda acaba arrebentando do lado mais fraco. E quem sempre paga o preço pelo desajuste da economia é o trabalhador. Vê-se que isso nada mais é que o reflexo do ajuste da demanda que o mercado proporciona. O mercado aeronáutico sofre com a falta de compradores de aeronaves. Em conseqüência, as empresas tendem a reduzir o número de trabalhadores em suas fábricas e demitem milhares de pais de famílias", relata Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Um grupo de funcionários da Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos, entra em férias coletivas a partir desta segunda-feira (24).

Segundo a empresa, medida é para adequar produção à queda de demanda do mercado aeronáutico. A Embraer não informou o número de empregados afetados pela ação.

A medida atinge funcionários dos setores de montagem da aviação comercial e executiva da unidade de São José, que serão colocados em férias coletivas em grupos, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. O primeiro grupo saiu no dia 3 de outubro e retorna no dia 1º de novembro. Os dispensados nesta segunda (24) voltam no dia 2 de novembro. Os demais devem voltar até o dia 30 de novembro.

Além de São José dos Campos, o sindicato afirmou que a medida também será aplicada na unidade de Botucatu. De acordo com a Embraer, as férias coletivas são uma antecipação das férias regulares do empregados e todos os direitos serão pagos.

“Desde o início de agosto, a Embraer vem adotando uma série de medidas de redução de custos visando superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa. A Embraer acredita e trabalha pela superação desse momento”, informou a empresa por nota.

 

Demissão voluntária

Além das férias, a empresa demitiu 1.642 funcionários que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). A medida era parte de um pacote de ações da fabricante de aviões, que prevê um corte de US$ 200 milhões em despesas em 2016.

Foram abertos dois pacotes, o primeiro em agosto para o setor de produção, que desligou 1.463 funcionários da empresa; e outro em setembro que demitiu 179 do setor de engenharia e projetos.

 

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