Um encontro na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), reuniu na última segunda-feira (9), representantes de cinco centrais sindicais e mais de cem lideranças empresariais, contra as medidas provisórias 664 e 665, que alteram os direitos trabalhistas e previdenciários, e 669 que reduz a desoneração da folha de pagamentos do setor produtivo.

O objetivo foi unir sindicalistas e empresários na luta contra as medidas que prejudicam trabalhadores e setor produtivo. No encontro que durou cerca de duas horas, foi colocada como consenso entre os presentes a necessidade de frear o aumento da carga tributária, a alta dos juros e as despesas do governo. A Fiesp, através de sua assessoria de imprensa, confirmou a união com as centrais contra as medidas e a criação do comitê de ação permanente contra o aumento de impostos.

As medidas provisórias 664 e 665 editadas pelo governo federal no final de 2014, alteram os direitos trabalhistas e previdenciários, como seguro desemprego, abono salarial, auxílio-doença, seguro-defeso, auxílio-reclusão e pensão por morte, trazendo prejuízos para a classe trabalhadora.

Já a MP 669, causaria um aumento substancial nas alíquotas de contribuição previdenciária sobre a receita bruta de 56 setores produtivos. Para algumas empresas, o percentual aumentaria de 1% para 2,5%; para outras, de 2% para 4,5%. No entanto o presidente do Senado, Renan Calheiros, devolveu a medida ao governo federal, declarando que ela seria inconstitucional.

Participaram do encontro, lideres da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), além de 130 representantes empresariais, incluindo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

"É preciso deixar claro que a reunião é a favor do Brasil. Não é contra ninguém, contra governo nenhum, a favor de governo nenhum, nem ligado a partido nenhum, uma coisa totalmente apolítica e apartidária e tem foco realmente nesse momento que preocupa todo o país", disse Paulo Skaf, durante o encontro.

Já Canindé Pegado, presidente do SINCAB, elogiou a decisão de apoio recíproco entre as entidades trabalhistas e empresariais contra as medidas provisórias, que foi aprovada por unanimidade pelos presentes. "Essa unidade é muito importante para nós. A agenda de ações ainda não foi definida, mas já há indicativo de uma nova reunião na próxima semana", disse Canindé Pegado, durante o evento.

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