Parece que paira no ar o começo de um entendimento entre governo e sindicatos em relação à reforma trabalhista que o governo pretende enviar ao Congresso Nacional para ser votada somente em 2017. Desfazendo o mal entendido de semanas atrás, o governo calibrou o seu discurso e através do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, garantiu a preservação dos direitos trabalhistas, objeto de muita polêmica nos últimos dias.

Diante de tantas controvérsias sobre o assunto, finalmente o governo fincou os pés no chão e admitiu que não faz parte de sua agenda retirar o 13º salário, fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), aviso prévio, férias, vale transporte e vale refeição. Assim como também não alterar a jornada de trabalho.

"Não admitiremos em hipótese alguma que se retirem direitos já conquistados dos trabalhadores. Mexer em direitos trabalhistas exige discussão com sindicatos e trabalhadores e não se faz a toque de caixa. São direitos adquiridos ao longo de anos, portanto tem que ser respeitados", rebate Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ressaltou na última segunda-feira (19), que a orientação do governo Michel Temer "é de que todos os direitos trabalhistas serão preservados". De acordo com o ministro, "não faz parte da agenda do governo retirar o 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), aviso prévio, férias, vale transporte e vale refeição. A jornada de trabalho permanecerá como está", disse em evento no Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

"A minha tribo é o trabalhador", destacou o ministro, dizendo que já foi desempregado e foi um dos fundadores do sindicato de comerciários em Carazinho, no Rio Grande do Sul. Ele disse que a política do governo é tornar o trabalhador como protagonista. "Visamos atualizar a legislação trabalhista em três eixos: segurança jurídica, criar oportunidades de ocupação para 12 milhões de pessoas sem emprego e consolidar direitos, não revogá-los."

 

Go to top
JSN Boot template designed by JoomlaShine.com