Se existe um problema que o pequeno e médio empresário detecta rapidamente, é a queda de faturamento em suas empresas e suas causas. Com essa percepção aguçada, empresários de vários setores de atividade apontam que o governo deveria dar prioridade no combate ao desemprego, como fórmula de estimular o ambiente de negócios no Brasil. 26,23% deles priorizam essa alternativa à frente de realizar reforma tributária, reduzir taxa de juros, combater a inflação e até mesmo, a reforma da previdência.

"É simplesmente o óbvio! Todos nós sabemos que nenhuma economia no mundo se sustenta sem consumo. O desemprego tem efeito maléfico sobre toda a economia, pois faz a demanda ficar represada. Com o desemprego em massa afetando os lares brasileiros, a indústria, comércio e serviços sofrem cada vez mais com baixos índices de faturamento. Sendo assim, precisamos de políticas de incentivo ao emprego", sugere Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

 

Desemprego cresce no Brasil

Para donos de pequenas e médias empresas, o combate ao desemprego deveria ser a prioridade do governo para melhorar o ambiente de negócios no Brasil.

A ação foi apontada como mais importante por 26,23% deles e ficou à frente de alternativas como realizar reforma tributária, reduzir a taxa básica de juros e combater à inflação.

O resultado faz parte da pesquisa IC PMN (Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios), elaborada pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander.

Segundo avaliação de Gino Olivares, professor do Insper, a preocupação com o desemprego é resultado do impacto imediato que ele tem no faturamento das empresas.

"Com o desemprego em alta, diminui a demanda. Quando o nível de emprego subir, mais pessoas terão dinheiro para consumir."

 

MENOS PESSIMISMO

O estudo indicou uma melhora generalizada das expectativas dos pequenos negócios para o quarto trimestre de 2016 em relação ao anterior. O aumento de confiança foi percebido em todos os setores e regiões consultados.

Com esse resultado, são quatro trimestres consecutivos de melhora.

Para este trimestre, foram registrados 65,17 pontos, uma alta de 8% na comparação com o terceiro trimestre desse ano e aumento de 18% se observado o último trimestre de 2015, pior resultado desde o início da série histórica, de 2009.

Segundo Olivares, a diminuição das incertezas políticas dos primeiros trimestres, somadas à índices de inflação mais baixos, são alguns dos fatores que explicam a melhora no humor dos empresários.

Levando em conta a perspectiva de queda da taxa básica de juros ainda neste ano, é provável que a confiança siga avançando, diz Olivares. Na pesquisa, 20,92% dos empresários apontaram a queda de juros como ação que o governo deveria priorizar.

Os dados foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.262 pequenos e médios empresários de todo o País, dos setores da indústria, comércio e serviços.

 

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