Com maior pressão no mercado de trabalho - mais pessoas à procura de serviço -, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo cresceu pelo terceiro mês consecutivo, segundo pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em abril, o percentual de desempregados atingiu 12,4%, aumento de um ponto percentual em relação a março, que foi de 11,4%.

O número de desempregados cresceu 9,7% de um mês para o outro e foi estimado em 1,367 milhão, acréscimo de 121 mil a mais do que em março. Isso aconteceu porque mais 96 mil pessoas entraram no mercado, que por sua vez fechou 25 mil postos de trabalho, com cortes na indústria e no setor de serviços.

Na comparação com abril do ano passado, há 69 mil ocupados a menos na região metropolitana, queda de 0,7%, para um total de 9,659 milhões. O contingente de desempregados cresce 7%, o correspondente a um acréscimo de 90 mil. A ocupação acumulada em 12 meses registrou o sexto resultado negativo consecutivo – o número de empregados tem sido menor que igual mês do ano anterior.

Os setores que fecharam vagas em abril foram a indústria de transformação (-3,2%, equivalente a eliminação de 52 mil postos de trabalho) e os serviços (-0,4%, ou 24 mil vagas eliminadas). 

A construção civil abriu 46 mil postos de trabalho, alta de 7,1%, enquanto o comércio/reparação de veículos ficou próximo da estabilidade (-0,2%, ou 4 mil empregos a menos). Na comparação anual, indústria (-30 mil), construção (-5 mil) e comércio (-31 mil) cortaram vagas, enquanto o setor de serviços, que vinha sustentando o nível de emprego na região, ficou estável.

O emprego formal com carteira assinada manteve crescimento, mas em ritmo bem menor: cresceu 0,5% no mês (mais 25 mil postos de trabalho com carteira assinada) e 1,3% em 12 meses (acréscimo de 69 mil). Os assalariados com carteira representam 55,4% do total de ocupados na região.

O rendimento médio dos ocupados, segundo a pesquisa, estimado em R$ 1.893, caiu 1,8% de fevereiro para março. Em 12 meses, a queda é de 8,7%.

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